Nesse sábado (4), Araraquara recebe o lançamento regional do livro “Entre Nó(s), mães de colo vazio”, projeto que reúne nove mulheres de todo o Brasil, que carregam consigo a representatividade de tantas outras. No livro, elas contam as suas histórias sobre seus filhos que faleceram e promovem um trabalho de conscientização sobre o luto perinatal e infantil, no propósito de melhorar o acolhimento às famílias enlutadas em todas as esferas da sociedade.
A ausência do acolhimento torna estas vivências doloridas. Por isso, ecoar as histórias de Fernanda Maciel (Niterói-RJ), Hísis Cristine (Jaguarari-BA), Joselma Rodrigues (Pitimbu-PB), Karin Correa (Porto Alegre-RS), Ludmilla Ferreira (Goiânia-GO), Nicole Santos (Lauro de Freitas-BA), Simone Muriele (Pernambuco e Bahia), Valéria Farias (Araraquara-SP e região) e Valquíria Calazans (Xinguara-PA) é importante para que outras mães se sintam representadas.
O “Entre Nó(s), mães de colo vazio” é um projeto construído de retalhos de histórias de amor, e nasceu do encontro de duas mães que passaram por essa experiência, Simone Muriele e Nicole Santos, que após uma ligação telefônica, criaram uma conexão que se tornou uma amizade e um propósito: o de fazerem juntas o caminho que trilhavam sozinhas, auxiliando outras mães na construção de suas maternidades.
Valéria Farias, Recifense de nascimento, Amazonense e Araraquarense de coração, mora em Araraquara há mais de 11 anos, e é mãe de quatro filhos, dois no céu e dois na terra. E convida família, amigos e toda sociedade de Araraquara para o lançamento presencial do livro Entre Nós – mães de colo vazio, a ser realizado neste sábado (4), às 19h, no CENACON Festas e Eventos. O evento é gratuito e o livro estará à venda no local.
Como você chegou até o projeto?
“Através da Perla Frangioti, cofundadora do Transformação Araraquara, que conhece a Simone Muriele. Um assunto em comum, a cardiopatia do meu filho e a cardiopatia da sobrinha de Simone, e geramos uma conexão instantânea. Quando soube do livro, achei que estava pronto e queria ler, foi então que Simone me disse que na verdade eu poderia participar.”
O que falta na sua avaliação para dar um suporte para as mães que passam por essa situação?
Eu acredito que a sociedade como um todo não reconhece o luto perinatal e infantil. Somente quando caímos nesse mundo é que nos damos conta de sua existência. Sendo assim, para melhorar o suporte para as mães e famílias que passam por essa situação, é necessário falar sobre isso em todas as esferas, nas escolas, nas igrejas, sem preconceitos, sem frases como “você é jovem, logo tem outro” “foi melhor assim ou Deus quis assim”. Mas é necessário principalmente trazer o luto perinatal e infantil para a formação básica de todos os profissionais da saúde e da assistência social, de forma que já saiam das faculdades conscientes de como realizar o acolhimento.
Apoio
O lançamento em Araraquara tem o apoio do Hotel Dan Inn Araraquara, Gabriel Costa Fotografia, Realizart Decorações Araraquara, Gráfica Colormix Jaraguá, Segurança e recepção Amanda Pitanga e Igreja Central Jesus Culture.