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Lula aponta Moro ministro como motivo de parcialidade e pede HC no Supremo

As declarações do vice-presidente eleito General Mourão de que a campanha já estava em contato com Sergio Moro durante a corrida presidencial e o fato de o juiz ter aceitado o convite para ser ministro da Justiça são, para a defesa de Lula, fatos novos a serem considerados no processo. Assim, os advogados pedem ao Supremo Tribunal Federal que leve isso em conta e conceda Habeas Corpus ao ex-presidente.

A defesa de Lula, feita pelo Teixeira & Martins Advogados, afirma que os fatos mostram que não houve imparcialidade de Moro ao condenar Lula por corrupção e lavagem de dinheiro. Isso porque o petista buscava concorrer à Presidência e depois apoiou Fernando Haddad contra Bolsonaro.

Moro aceitou ser ministro após se reunir com Bolsonaro na semana seguinte à eleição que confirmou a vitória do candidato do PSL.

A defesa de Lula elencou os motivos pelos quais Moro seria imparcial para julgar o ex-presidente: decretou condução coercitiva sem prévia intimação; divulgou conversa telefônica entre Lula e a então presidente Dilma; foi a eventos de adversários políticos de Lula; abandonou as férias para impedir que Lula fosse solto; levantou sigilo da delação de Palocci dias antes da eleição; e aceitou ser ministro de Bolsonaro.

“A História (em maiúsculo) não acaba em 2018. Juízes justiceiros vêm e vão. O Supremo Tribunal Federal permanece. É preciso reafirmar, neste chiaroscuro de nossa jovem democracia, o compromisso com o Estado de Direito e com a questão da liberdade”, dizem os advogados.

Fonte – Conjur – Por Fernando Martines

Redação

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