O engenheiro, compositor e professor araraquarense Marcelo Teroca lança, neste mês de novembro, seu segundo livro sobre correlações entre números e fenômenos cósmicos relacionados à criação e evolução do universo.
“A arte da coincidência: o código depurado na essência” revisita o tema de sua primeira obra, que trata do “código matemático da existência”. Assim como o primeiro livro, publicado em 2020, o novo trabalho foi produzido pela Editora Casa da Árvore e estará à venda, a partir da data do lançamento, em formato impresso e digital, por meio do site do autor, acessível pelo endereço www.marceloteroca.com.br.
O evento de lançamento será nesta sexta-feira (24), das 19h30 às
21h30, na Biblioteca Municipal Mário de Andrade, com entrada franca. Das 19h30 às 20h30 haverá um show de samba e choro com o grupo Conversa de Botequim, no saguão de entrada da biblioteca. Das 20h30 às 21h30, no auditório, o autor irá apresentar a obra, com a presença do
engenheiro e professor Coca Ferraz, que assina o prefácio, e do também engenheiro e músico José Henrique Martiniano, que escreveu a orelha de apresentação do livro.
Exemplares impressos estarão à venda no local.
Conteúdo e trajetória
Organizado em sete capítulos, o conteúdo do livro tem por fio condutor correlações estabelecidas em torno de cinco números emblemáticos. Quatro deles são amplamente conhecidos da matemática: o Pi (3,1415…), o número de Euler (2,7182…), o Fi (1,6180…), que estabelece a chamada razão áurea de Fibonacci, e o Delta (4,6692…), número do caos, relacionado à lei da entropia. O quinto número (1,7632…), possivelmente nunca antes identificado, foi nomeado por Teroca como o número do éter e, segundo o autor, representa a quintessência da natureza.
“Na matemática espiritualista de Marcelo Teroca, números são entidades capazes de ressignificar mistérios intrigantes da vida, do mundo e do universo”, informa o texto de contracapa da obra. “Fórmulas que assumem feições de ciência e de mito.
Equações que exprimem não somente os elos e ecos, mas também o ethos e o logos primordial. Uma linguagem da criação em pura essência, em que cada conta ou correlação sugere uma manifestação divina. (…) O código matemático do universo, agora depurado em sua essência, é uma chave ímpar na equação que nos relaciona ao espaço e ao tempo, ao cosmos e ao caos, nesse admirável e seleto grupo que forma o conjunto dos números eternos.”
No prefácio do livro, o professor da Coca Ferraz afirma ter ficado “inebriado” diante da leitura. “As relações matemáticas desenvolvidas e as suas conexões com a filosofia, religião, física, química, biologia, psicologia, história, cosmologia, física quântica etc. constituem uma verdadeira relíquia científica e literária”, diz o professor de engenharia da Universidade de São Paulo (USP).
Ao comentar a trajetória do autor, que classifica como “intrigante e multivariada”, Ferraz recorre a um pensamento do artista estadunidense Barry H. Gillespie, citado no próprio livro: “o caminho não é em linha reta, é em espiral”. “Só mesmo uma espiral para explicar essa sua odisseia de vida criativa e produtiva em diferentes áreas, que redundaram em um mosaico de obras e constituem prova inconteste que não há limite para o conhecimento e as realizações humanas”, escreve o prefacista.
José Henrique Martiniano, na orelha do livro, complementa: “após lecionar
[matemática] por 30 anos e tendo hoje uma visão holística da vida, Marcelo Teroca revisita a matéria, correlacionando conhecimentos da natureza visível e invisível para desvendar esse código”, escreve. “Os cinco números aqui utilizados como ferramenta trazem resultados improváveis, mas insistentes, embelezados pela arte da coincidência.”
Sobre o autor
Marcelo Longo Vidal, conhecido como Teroca, nasceu em Araraquara, interior de São Paulo. Formou-se na Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo, e atuou por mais de trinta anos como professor de matemática e como engenheiro. É sambista, cantor e compositor, com três discos lançados.
Desde o início da década de 1990, idealizou e organizou dezenas de projetos musicais e culturais. Também apresenta um programa de rádio semanal sobre samba e choro e escreve sobre música e cultura brasileira com regularidade para jornais. Foi fundador de blocos carnavalescos, compositor de sambas-enredos e o primeiro presidente do Clube do Samba de Araraquara.
No futebol dente de leite e juvenil, formou dupla de área com o jogador Careca. Em 2020, publicou seu primeiro livro, “A arte da coincidência: o código matemático da existência”, pela Editora Casa da Árvore.