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Mau cheiro oriundo de fábrica de bebidas deve acabar até julho

Moradores dos arredores da cervejaria Heineken há algum tempo têm convivido com o mau cheiro oriundo da fábrica. Incomodados com a situação, eles procuraram o vereador Edio Lopes (PT) para que providências fossem tomadas. Com o objetivo de debater a questão, o parlamentar convocou Audiência Pública na noite da quarta-feira (6), no Plenário da Casa de Leis.

“As reclamações aconteceram ao longo de 2018 e no início de 2019, e nada mais justo que chamar uma Audiência Pública com a participação da empresa que tem responsabilidade com os problemas ambientais e sociais”, explicou o parlamentar.

O superintendente do Departamento Autônomo de Água e Esgotos (Daae), Donizete Simioni, na ocasião também representando o prefeito Edinho Silva (PT), relatou que foram feitas inspeções pela autarquia, sendo analisada a água do Córrego do Paiva, e nenhum esgoto estava sendo despejado. “Temos inclusive laudos técnicos”, salientou.

Representando a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Vilma Goulart Barbieri disse que muitas reclamações foram recebidas entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano. “Aplicamos algumas penalidades, mas algumas medidas já foram tomadas e outras estão em andamento. Nosso termômetro é a população. Somos um órgão fiscalizador e as ações serão da Heineken”, destacou, informando que qualquer denúncia de agressão ao meio ambiente pode ser feita pelo telefone (16) 3332-2211.

A cervejaria foi representada por seu diretor de comunicação corporativa, Mauro Homem, que fez uma apresentação sobre o funcionamento do processo de tratamento de efluentes e demonstrou as ações realizadas pela companhia. “O efluente tratado é enviado para o Daae, não para o rio. O que pode acontecer muitas vezes, é que durante a etapa de tratamento do efluente, no sistema biológico, gases geram odor, é inerente ao processo do tratamento”, explicou.

Homem detalhou que das oito ações estabelecidas, seis já foram concluídas e duas estão dentro do cronograma. “Desde 6 de janeiro, já ocorreram cinco fiscalizações da Cetesb que constataram essas ações.”

“Estamos colocando todos os esforços possíveis e os investimentos também envolvem isso. Temos evoluído nos processos de controle ambiental. Queremos resolver essa questão o quanto antes”, completou o diretor.

O diretor técnico operacional do Daae, José Braz Sconamiglio, confirmou a fala de Simioni. “Quando fizemos a análise, a água do córrego estava límpida, não havia nenhum indício de lançamento de esgoto. O efluente da empresa é ligado no interceptor do Daae que passa por ali”, detalhou.

A representante da Cetesb garantiu que a fiscalização continuará. “Eles apresentaram, em 14 de janeiro, um plano de ações e o prazo para todas essas adequações se encerra em 30 de julho. Até lá continuaremos normalmente com as fiscalizações”, finalizou.

Redação

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