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Menina especial tem suplemento alimentar negado pelo Estado

Criança de 11 anos com desnutrição severa necessita de alimentação específica para sobreviver

Da redação

Uma grave denúncia chegou à redação do O Imparcial nessa terça-feira (27) sobre uma criança, de 11 anos, que é portadora da síndrome de West (paralisia cerebral/microcefalia) e necessita de um suplemento alimentar específico para combater uma desnutrição severa, pois tem dificuldade para mastigar e só consome alimentos líquidos ou pastosos.

A dona de casa Daniele Rodrigues Macera, de 31 anos, relatou para a reportagem que a filha Talita frequenta o Posto de Saúde do bairro Jardim Brasil, onde o médico que faz seu acompanhamento constatou que ela estaria passando por uma desnutrição severa, pesando apenas 15 quilos. Daniele ressaltou que depois que foi recomendado o uso do suplemento alimentar ‘Ensure’, a menina teve um ganho de peso significativo chegando a pesar 21 quilos, depois de 3 meses de uso do produto. O problema é que o preço deste tipo de suplemento é muito alto e Daniele não tem como manter as 7 latas por mês com um custo total de R$ 343,00, que usa na alimentação da pequena Talita.

“Eu procurei a Secretaria de Saúde do Estado para requisitar o suplemento para a minha filha. Depois de apresentar todos os documentos necessários para comprovar a necessidade do uso dele, tive que aguardar por 60 dias pela resposta que chegou através de um telegrama enviado pela Secretaria de Estado da Saúde, se negando a fornecer o produto, alegando que ‘conforme itens 4 e 5 da resolução SS nº 54/2012, os produtos para a alimentação disponibilizados pela SES/SP são as fórmulas infantis para as lactentes e nutrição enteral administrada via sonda ou estomia’. O que significa que eles não vão me fornecer o suplemento simplesmente porque ela não utiliza a sonda, mas isso não muda o fato dela precisar dele para se fortalecer e continuar engordando. É a saúde da minha filha que está em jogo e eu não vou descansar enquanto não tiver algum tipo de apoio do Estado ou da prefeitura. Todos os produtos e medicamentos que a minha filha necessita tive que entrar com ação judicial para conseguir. Ela usa em média 140 fraldas por mês que eu recebo na farmácia do NGA-3, porém, neste mês só tinha a metade e, por isso, terei que comprar o restante. Já que o Estado me negou o suplemento alimentar, espero que a prefeitura de Araraquara me forneça, pois ele é muito importante para a Talita e eu não tenho condições de comprar”, resumiu Daniele.

A reportagem enviou o problema para a prefeitura que pediu o telefone de Daniele para possivelmente entrar em contato.

Ajuda

A dona de casa ressaltou que atualmente recebe doações de amigos para manter a dieta da filha com o suplemento. Ela lembra que quem quiser ajudar pode entrar em contato pelo telefone (16) 994507603.

Redação

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