Pesquisa realizada pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região (Sismar) revelou que pelo menos 28 servidores da área de educação foram positivados para Covid-19 em Araraquara nos últimos 18 dias. Segundo a vereadora Luna Meyer (PDT), o retorno das aulas presenciais na rede estadual já está acontecendo desde o dia 8 de fevereiro e, com isso, algumas denúncias de pais de que o ambiente está inseguro já começaram a aparecer.
Denúncias
“Uma mãe me procurou contando que seu filho frequenta a Escola Estadual ‘Prof. Joaquim Machado Júnior’, no Jardim Esplanada, e a escola já estaria recebendo cerca de 40 alunos em período integral, com somente um funcionário para a limpeza. Relatou também que professores muitas vezes têm que fazer a limpeza por conta própria, pois é preciso seguir o protocolo de higienização dos ambientes”, detalhou a parlamentar.
Ao buscar diálogo com funcionários da instituição, Luna teve a confirmação de que, de fato, apenas um funcionário da limpeza estava operante quando, para a situação ser minimamente adequada, dado o tamanho do local, seriam necessários pelo menos três. A vereadora prontamente fez a Indicação nº 803/2021, solicitando que os órgãos competentes apurassem a situação.
Na última sexta feira (5), a Frente Parlamentar Mista da Educação no Congresso Federal pediu prioridade na vacinação de professores, em audiência com o ministro da Educação, Milton Ribeiro.
“Começamos as aulas há apenas quatro dias e já apuramos ao menos cinco denúncias similares a esta. Não temos leitos. Os positivados crescem a cada dia. É desumano querer que funcionários da educação, que são essenciais no sentido literal, tenham que ir trabalhar diariamente de forma insegura. Vaciná-los resolveria muitas coisas, tornaria o ambiente de volta às aulas mais seguro. Além disso, evitaria processos trabalhistas, visto que a contaminação é considerada acidente de trabalho. Acima de tudo salvaria vidas”, enfatiza a parlamentar.
A moção
No documento, são enfatizados ainda outros pontos, como a recente vitória de ação coletiva de servidores municipais, dentro do contextos do grupo de risco, que foram obrigados pelo Poder Executivo a trabalhar, e o cumprimento dos conteúdos de documentos como o Decreto Municipal nº 12.398, a Lei Federal nº 13.979/20 e a Resolução da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo de 26 de janeiro de 2021.