A atriz Eva Wilma morreu nesse sábado (15), aos 87 anos, em decorrência de câncer no ovário. Ela estava internada no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, desde o dia 15 de abril.
“Comunicamos que a atriz Eva Wilma, acaba de falecer às 22h08, no Hospital Israelita Einstein, em São Paulo, em função de um câncer de ovário disseminado, levando a insuficiência respiratória. Nossos profundos e sinceros sentimentos a todos os familiares, especialmente a John Herbert Buckup Jr e Vivien Buckup”, lê-se na nota divulgada pela assessoria de imprensa da atriz.
História de internação
Eva Wilma foi internada no dia 15 de abril na UTI para tratamento de problemas cardíacos e renais. Cinco dias depois, o hospital Albert Einstein chegou a emitir comunicado dizendo que a atriz havia tido uma melhora na função do coração e seguia com assistência renal.
No dia 8 de maio, Eva Wilma recebeu o diagnóstico de câncer no ovário da equipe médica e iniciou tratamento oncológico imediato para conter o avanço da doença.
Na noite desse sábado, a atriz não resistiu ao tratamento do câncer e veio a falecer às 22h08. A atriz deixa dois filhos e três netos.
O hospital também divulgou nota em que confirma a morte da atriz e é assinada pelo cardiologista Cláudio Cirenza, pelo clínico geral Roberto Sebastian Zeballos, pelo oncologista Fernando Maluf e pelo diretor médico do Alberto Einstein, Miguel Cendoroglo.
Perfil
Eva Wilma Riefle Buckup Zarattini nasceu em São Paulo, em 1933.
Após ter tido aulas de canto, balé clássico e piano com Inesita Barroso na adolescência, ela iniciou sua carreira no teatro na década de 50 e fez dois filmes com o diretor Armando Couto e o ator Procópio Ferreira, “O Homem dos Papagaios” e “A Sogra”.
Na TV, a atriz fez a sua estreia na Tupi, em 1953, no seriado “Namorados de São Paulo (que depois foi rebatizado como “Alô, Doçura”). A série de trabalhos na televisão a colocou como uma das maiores atrizes do Brasil da década de 1970.
Em 1968, Eva Wilma e outros artistas participaram de uma greve contra a censura na ditadura militar. Ela e as atrizes Eva Todor, Tônia Carrero, Leila Diniz, Odete Lara, Norma Bengell e Cacilda Becker caminharam de mãos dadas à frente de outros participantes da manifestação no centro do Rio de Janeiro.
Eva Wilma fez história com personagens que oscilavam entre mocinhas e vilãs, como as gêmeas Ruth e Raquel da primeira versão de “Mulheres de Areia” (1974), a Dra. Martha do seriado “Mulher” (1998/1999) e a perversa Altiva, de “A Indomada” (1997).
Eva Wilma tinha 70 anos de carreira como atriz e estava afastada da televisão desde 2018, quando fez a novela “O Tempo Não Para”, exibida pela TV Globo.
Do casamento com o ator John Herbert, que durou entre 1955 e 1976, Eva teve os filhos Vivien Riefle Buckup e John Herbert Riefle Buckup. Ela também esteve casada por 23 anos com o ator Carlos Zara (1930-2002).