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Morreu Tadeu Correa da Silva

“Um cara legendário de Araraquara com tantas histórias, que jamais será esquecido”

Colaboração/Célia Pires

Mesmo com a pessoa passando por uma terrível doença, quase nunca se está preparado para sua perda. Assim foi com o jornalista e advogado Tadeu Antônio de Arruda Correa da Silva, que foi responsável durante muitos anos pelo jornal Folha de São Carlos. Ele não deixa somente saudade, mas uma mistura de sentimentos.

Assim era Tadeu: um provocador de muitos sentimentos, inclusive o de amor, que o digam sua mãe Cecília, seu filho Ramon e sua esposa Vera, uma eterna apaixonada e uma legião de amigos que viveram com ele muitas e muitas aventuras.

Com seu porte alto e moreno, o filho dos também jornalistas Cecília Pedro Antônio da Silva e Paulo A.C. Silva sempre ‘causou’. Sua presença marcante o caracterizou a vida toda. Era dono de um gênio amável e indomável ao mesmo tempo, amigo dos amigos.

Sempre tinha um tempinho para a grande mãe do jornalismo araraquarense, Dona Cecília que lamentava não poder encontrar amiúde o filho como antes.
Mas ela, num extremo esforço, conseguiu vê-lo nos últimos dias de sua vida e, isso para ela, não tem preço.
O Tadeu era o cara. Ame ou deixe-o. Muitos preferiram amá-lo. Bebemorar com ele a vida.

Quando cheguei ao velório de Tadeu Antônio Arruda Correa da Silva, o músico Sabaúna me disse que se eu fosse escrever algo sobre o Tadeu que o chamasse, pois o conhecia como ninguém. Pena. Não sabia que escreveria algo.
Ao seu lado, outro músico, André do Piston, igualmente perplexo e entristecido com a morte do amigo.
Quando vemos um gigante tombado quase sem querer nos bate uma angústia e nos forçamos a pensar nas razões e nos porquês, mas os mistérios desse mundo não são para simples mortais desvendarem, mas nada nos impede de sentir, e muita, mas muita gente, lamentou essa grande perda.
Nas redes sociais ao saberem de seu falecimento a comoção dos amigos foi geral e muitos relembraram pedaços de histórias vividas com ele. “E o bugui amarelo… Era uma figuraça”, escreveu Cesar Vargas.
Carla Oliveira lembrou que o jornalista era um grande amigo, um irmão de seu pai Carlinho Java. “Vá com Deus Tadeu”.
“Meu companheiro de voleibol…jornalista como o pai …irreverente e amigo”, comentou, Luiz Roberto Toledo Ramalho.
“Enorme amigo. Bons tempos de Rei Bar. Deixa muita saudade”, enfatizou Antonio Celso Martins Silveira.
Vera Lúcia Zenatti lamentou profundamente a morte do também advogado. “Meus sentimentos à família! Um cara legendário de Araraquara, e têm tantas histórias que jamais será esquecido. Nas rodinhas de conversa sempre alguém terá algo para contar sobre ele”. Para Roberto Lino Gomes, foi uma grande perda. “Sempre prestativo, independente de cor, raça ou crença”.
Sônia Pestana se lembra dele e de seu saudoso Paulinho Silva, quando eram bem jovens e Alzira Galhardo relembra com saudades da adolescência deles.
Ricardo Mendes Santos diz que era uma grande pessoa. “Meu amigo, parceiro de muitas noitadas regadas de risadas e cevada, whisky. Que Deus abençoe toda a família infinitamente e conforte seus corações”.
“Mais um amigo e vizinho de infância e juventude que se vai, muito triste”, lamenta Paulo Antônio Mascia, seguido por Wilza Freitas que ressalta que é mais um Araraquarense querido que parte. “E assim a cidade vai ficando vazia dessas pessoas que eu aprendi admirar”.
O sociólogo e jornalista José Maria Viana de Souza conta que teve a sorte de tê-lo como amigo por muitos anos. “Falava sempre com a voz da razão e era manso… Saudades já… grande Tadeu”.
Tadeu faleceu na madrugada dessa terça-feira. Seu corpo foi velado no Velório Micelli. O enterro ocorreu na mesma data, às 16 horas.

Seu irmão José A. C. Silva, diretor d’O Imparcial, fez a ele uma bela e comovida oração. Com a voz do coração, repito a frase de uma de suas amigas: “Nas rodinhas de conversa sempre alguém terá algo para contar sobre ele”.

Redação

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