Número de vítimas fatais nas vias do município reduziu de 30 em 2016 para 14 no ano passado, segundo o banco de dados do Infosiga SP
Para o coordenador de Mobilidade Urbana, Nilson Carneiro, diversos fatores explicam essa queda. Um deles é o investimento em sinalização horizontal (faixas e marcas feitas sobre o pavimento), vertical (placas) e semafórica, que foi duplicado pela atual administração — também com recursos do Fundo Municipal de Trânsito.
Para o investimento na sinalização, foi feito um levantamento completo dos principais locais de acidentes. “Como exemplos, temos a Avenida Bento de Abreu, próximo à rotatória da CTA, e o cruzamento da Avenida Sete de Setembro com a Rua 5 [Voluntários da Pátria], que tinham vários acidentes e receberam semáforos”, explica Nilson.
Diversas campanhas de conscientização e educação no trânsito também foram executadas no ano passado. “Fizemos campanhas contra álcool e volante na época do Carnaval, indo aos bares. Tivemos o ‘Maio Amarelo’, o Consetrans (Concurso sobre Segurança no Trânsito), com palestra nas escolas e participação de unidades municipais, estaduais e algumas particulares, além de ações na Semana Nacional do Trânsito”, diz o coordenador.
Para 2018, Nilson projeta mais medidas para que os dados de mortes continuem em queda. Somente em um convênio firmado com o Governo do Estado de São Paulo, por meio do “Movimento Paulista de Segurança no Trânsito”, a Prefeitura terá R$ 1,5 milhão para investimentos na sinalização das vias mais movimentadas, como a Avenida Maria Antônia Camargo de Oliveira (Via Expressa) e aAvenida Padre Francisco Salles Culturato (Avenida 36).
Ação conjunta
O secretário de Cooperação dos Assuntos de Segurança Pública, coronel João Alberto Nogueira Júnior, acrescenta que a fiscalização mais rígida contra a imprudência também contribuiu para a queda nas mortes — agentes de trânsito foram direcionados para os locais que registravam mais acidentes.
“Houve uma série de ações na parte de engenharia, educação e fiscalização. Não se reduz esses números sem uma ação integrada”, analisa.
Além da melhor distribuição dos agentes, quatro novos radares fixos foram instalados em pontos estratégicos de Araraquara — Alameda Paulista, Avenida 36, Rua José Barbieri Neto (chegada de Bueno de Andrada) e Rodovia Dr. Nelson Barbieri (para Gavião Peixoto).
Detalhes
Segundo as estatísticas, os finais de semana registraram o maior número de mortes (duas em sextas-feiras, quatro em sábados e três em domingos). As principais vítimas são motociclistas (nove), seguidos de pedestres (três) e ciclistas (duas).
A faixa etária entre 18 e 29 anos é a que concentrou o maior número de mortes (cinco), assim como o sexo masculino (11 homens e três mulheres).
João Alberto alerta que os motociclistas devem ter cuidados redobrados para evitar acidentes. “A possibilidade de um motociclista se envolver em um acidente com vítima é 30 vezes maior que um motorista de veículo. É necessário usar os equipamentos de segurança corretamente, porque o risco é bem maior”, adverte.