A programação da Mostra Audiovisual Wallace Leal Valentin Rodrigues nesta quarta-feira (15), tem início com a Oficina “Realização de curtas-metragens: do desenvolvimento à distribuição” (9h), seguida por Oficina Virtual de cinema com o celular” (15h); à noite será exibido o filme “Voltei”, seguido de bate-papo com as atrizes Arlete Dias, Wal Diaz e Mary Dias (19h).
A Mostra Audiovisual Wallace Leal Valentin Rodrigues é uma realização da Secretaria Municipal da Cultura e Fundart, com curadoria de Lívia Cabrera. Toda a programação é virtual e gratuita.
Oficina “Realização de curtas-metragens: do desenvolvimento à distribuição” – A Oficina “Realização de curtas-metragens: do desenvolvimento à distribuição” será ministrada por Heverton Lima, das 9 às 12h30, pela plataforma Zoom. São 30 vagas e ainda é possível realizar inscrição (https://forms.gle/HQBdmYqmPyDW1s7g8).
Atualmente, o número de pessoas interessadas em produzir audiovisual tem sido cada vez maior. Isso se deve, em grande parte, pelo maior acesso aos meios de produção (câmeras digitais, etc) e também pelos coletivos de audiovisual que produzem seus filmes de forma colaborativa. Muitas delas não têm formação audiovisual, mas, ainda assim, procuram conhecer mais sobre essa área.
O objetivo do curso é fornecer um panorama da produção audiovisual, passando pelas etapas de produção, funções e atividades necessárias para a realização de um filme, e também apresentar informações básicas sobre as formas de financiamento dos projetos (legislação e mecanismos de fomento junto aos órgãos competentes como FSA/Ancine, Secretaria de Cultura, Proac, etc) e a divulgação dos filmes (festivais de cinema no Brasil e no exterior, por exemplo).
Heverton Lima é produtor executivo e sócio da Paideia Filmes. Atua há mais de 15 anos no mercado audiovisual. Seus recentes trabalhos incluem a produção de lançamento de Democracia em Vertigem (2019), de Petra Costa, indicado ao Oscar de Melhor Documentário (2020), na Busca Vida Filmes. Também é produtor executivo dos documentários Platamama (2018), Eleições (2018) e Meu Corpo é Político (2017), dirigidos por Alice Riff; e as ficções Guigo Offline (TV Cultura, 2017) e o premiado curta Marina não vai à praia (2014). Seus filmes receberam prêmios e foram exibidos em festivais como Dok Leipzig, Visions du Réel, Bafici, Festival de Havana, Festival Internacional de Cinema Infantil de Nova Iorque, Olhar de Cinema, Festival do Rio, e Mix Brasil, com licenciamentos para canais de TV e plataformas de streaming como MUBI e Amazon Prime Video.
Atualmente está produzindo o documentário Liberdade é não ter medo (doc) e desenvolvendo Dara e o Hotel Mágico (animação) e Guerreiras (fic) com recursos do FSA/Ancine. Desde 2020, também atua como professor de produção audiovisual na graduação em Cinema e Audiovisual da ESPM (SP). É graduado em Cinema pela UFF (2012) e em Economia pela Unesp (2004), com mestrado em Cinema e Televisão na ECA/USP e mestrando em Economia (UFRGS e Itaú Cultural), com foco em Indústrias Criativas (2020-2022).
“Oficina Virtual de cinema com o celular” – A “Oficina Virtual de cinema com o celular”, com Hiran Matheus, será realizada das 15 às 18 horas, pela plataforma Zoom. São 20 vagas e as inscrições ainda podem efetuadas (https://forms.gle/nTnDhNN3qebhW6t26).
A oficina apresenta uma abordagem sobre o uso de câmeras de celular para usos cinematográficos. As aulas serão divididas em um encontro mais expositivo sobre o uso nas duas últimas décadas do celular em espaços cinematográficos e um segundo encontro mais propositivo aos inscritos para o uso criativo das câmeras de celular para fins cinematográficos e artísticos.
Hiran Matheus é graduado em Cinema e Audiovisual pela Universidade Federal Fluminense – UFF. Dedicou-se a realização de curtas-metragens, tendo diversas exibições com seus filmes pelo Brasil e em países como Israel, Colômbia, China, Equador, México, Reino Unido e Estados Unidos e Rússia, no tradicional festival universitário GERASIMOV. Sua atuação como curta-metragista em maior parte se deu através de câmeras de celular, que é tema de suas pesquisas, práticas, didáticas e interesses. Atualmente cursa o Mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Cinema e Audiovisual, PPGCine, também pela Universidade Federal Fluminense -UFF onde se aprofunda em suas pesquisas sobre o Cinema Mobile, assim como atua ministrando cursos, oficinas e palestras sobre o tema.
“Voltei” + bate-papo com as atrizes Arlete Dias, Wal Diaz e Mary Dias – Às 19 horas, pela plataforma Sympla, será exibido o filme “Voltei”, com direção de Ary Rosa e Glenda Nicácio, seguido por um bate-papo com as atrizes Arlete Dias, Wal Diaz e Mary Dias. A retirada de ingressos pode ser realizada pelo link https://www.sympla.com.br/10-mostra-wallace—voltei-de-glenda-nicacio-e-ary-rosa__1436938 .
“Voltei” se passa no Brasil de 2030. As irmãs Alayr e Sabrina estão ouvindo no radinho de pilha o julgamento que pode mudar os rumos de um país “sem energia”. Elas são surpreendidas por Fátima, a irmã que volta dos mortos para confraternizar nessa noite histórica.
Os diretores Ary Rosa e Glenda Nicácio vivem desde 2010 no Recôncavo da Bahia, onde se formaram em Cinema pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e fundaram a produtora independente Rosza Filmes (2011). Iniciaram a carreira com a realização de curtas metragens, com experimentações de linguagem na ficção e no documentário.
Morando no Recôncavo, encontram na cultura popular local a pulsação para a realização em cinema, desenvolvendo filmes onde o processo de produção, a narrativa e a estética são elementos pautados nas dinâmicas do interior, pois fazem filme no interior com o interior. Com essa perspectiva, dirigiram juntos os longas-metragens metragens “Café com Canela” (2017), “Ilha” (2018) e “Até o Fim” (2020)
Após a exibição de “Voltei”, as atrizes Arlete Dias, Wal Diaz e Mary Dias conversam com o público.
Arlete Dias é graduada em Direito e Pedagogia, e é atriz do Bando de Teatro Olodum, tendo atuado em importantes espetáculos: Essa é a Nossa Praia, Ó Paí Ó, Bay Bay Pelô, Woyzec, Medéia Material, O Novo Mundo, Sonho de uma Noite de Verão, Ópera de três reais, Cabaré da Raça, Áfricas, Bença dentre outros. No cinema atuou em: Jenipapo, Lá e Cá, Café com Canela, Ilha, Até o fim, Voltei!, A menina que queria voar, Mugunzá, Na Rédea Curta, Ó Paí Ó! (minissérie).
É ganhadora, junto às suas duas irmãs, as atrizes, Mary Dias e Wall Diaz, do prêmio de melhor atriz do 11° Festival de Cinema Cinefantasy com o filme Voltei! e o Prêmio Especial Suzy Capó no Festival Mix Brasil 2021 ao lado da diretora, Glenda Nicácio, e das atrizes Wal Dias, Maíra Azevedo e Jenny Muller pelo filme Até o Fim.
Wal Diaz é nascida em Simões Filho-BA. Licenciada em Música com habilitação em Piano pela Universidade Católica de Salvador, Curso de Canto pela Universidade Federal da Bahia, Professora de técnica vocal e canto coral da Escola Pracatum. Participou do Espetáculo Teatral Material Fatzer junto ao grupo Vila Vox no Teatro Vila Velha. Participou da Gravação do Oratório a Santo Antônio sob a Regência do Maestro Keiler Rêgo. Preparadora Vocal da EnCia de Interesse Popular. No Cinema atuou nos filmes Até o Fim e Voltei! Ganhadora do Prêmio de melhor atriz no Festival Internacional de Cinema Cinefantasy.
Mary Dias é nascida em Salvador -BA. Participou da Banda Feminina DIDÁ do grande maestro Neguinho do Samba e também da Oficina de Teatro Viver com Arte, da Fundação Cultural do Estado da Bahia; das oficinas ministradas pelo CUFA- Central Única das Favelas; entre outras. No cinema atuou nos filmes Mugunzá e Voltei!. Ganhadora do Prêmio de melhor atriz no Festival Internacional de Cinema Cinefantasy.