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O Podemos veio para fazer história e marcar uma nova era política na cidade

José Augusto Chrispim

Dando sequência às entrevistas com os candidatos a vereador de Araraquara, O Imparcial conversou com o administrador de empresas, Welton Sylvestre Travessolo. Franco em suas respostas e, às vezes até polêmico, o candidato falou da missão que pretende colocar em prática, caso seja eleito vereador, de combater a corrupção na política a todo o custo.

Com grande experiência na área administrativa, Welton também é fundador e presidente do Diretório municipal do Partido Podemos Araraquara. Concorrendo ao Legislativo nas eleições de 2016, ele obteve cerca de 500 votos ficando entre os 50 mais votados. Em novembro, o administrador espera atingir mais de 800 votos para conseguir ser eleito.

Veja a entrevista na íntegra:

O Imparcial: Qual é a sua expectativa para as eleições em Araraquara?

Welton: “Para prefeito, imagino uma disputa acirrada, pois ainda que tenhamos muitos candidatos, ideologicamente também haverá muitas opções, com isso, a votação do atual prefeito por mais que tenha um público fiel imagino que diminuirá, fazendo com que o restante da população, onde mantém uma certa rejeição, possa concentrar no segundo colocado o que chamamos de votos úteis. Para vereança, como sempre de costume, a mais difícil das eleições pois com 410 candidatos a dispersão de votos será inevitável. Graças a Deus vejo que muitas pessoas estão pegando gosto pela política de maneira ainda que forçada pela polarização começaram a pesquisar mais, sendo assim, espero que consigamos montar um Câmara, mais técnica, ética e qualificada”.

O Imparcial:  Qual é a sua principal motivação para se candidatar ao Legislativo?

Welton: “Minha motivação pela política é saber que posso fazer mais pela minha cidade ao invés, apenas, de ficar sentado esperando que alguém o faça por nós. Me sinto altamente qualificado para conseguir fiscalizar a aplicação do nosso dinheiro público e desenvolver projetos de leis para melhoria como um todo. Não faço utopia igual a muitos candidatos que dizem que se motivaram por forças das mais diversas, quando nem ao certo sabem o dever de um vereador”.

O Imparcial: Qual é o seu principal projeto, caso se eleja vereador? E quais bandeiras você defende?

Welton: “Meu principal objetivo é votar os projetos sem necessidade de favorecimento, sendo base ou oposição. É conseguir entender o que será melhor para a população ao invés de precisar votar por ‘rabo preso’ com alguém ou algum partido específico, interpretar a necessidade de nossa cidade e sempre ser justos. Bandeiras ideológicas ou segmentos, a meu ver, é o que tem cegado nossa política, pois os candidatos entram cegos por uma determinada bandeira e esquecem que estão ali para todos. Meu viés é defender a profissionalização na administração pública com ética e respeito, redução de cargos comissionados, valorizando a carreira do servidor, formação e pré-qualificação para que possam ocupar esses cargos, ou seja, comissionados apenas com requisitos mínimos, por exemplo, implantação de lei específica para que se possa nomear secretários onde a pessoa necessita de um pré-requisito para a função, não apenas para os secretários, mas para todos comissionados. Profissionalizar a máquina pública evitando que continue como está atualmente, um cabide de empregos de cabos eleitorais, como já disse em outra entrevista valorizo todas as profissões, mas cada um em seu quadrado, se querem exercer e ajudar na administração pública, pois então que se qualifiquem. Hoje é comum ver antigos vereadores que não retornam a exercer suas profissões e ficam pulando de galho em galho mamando na prefeitura, porém sem nenhuma condição de exercer os cargos que ocupam, enfim esse é apenas um de meus projetos. Possuo inúmeras ideias, algumas necessitam de mais apoio do Executivo para implantação sendo eles dentro do Esporte, Administração pública, turismo e desenvolvimento, então falar de apenas um ou enfatizar aquilo que não depende do trabalho de um vereador seria fazer promessas em vão. Mas se o objetivo é destacar um entre todos, combater a qualquer custo a corrupção com a maior transparência possível”.

O Imparcial: Em sua opinião, quais são os principais desafios para a próxima legislatura na pós-pandemia?

Welton: “Sem dúvida os maiores desafios a serem enfrentados serão dois dos nossos pilares da Constituição. Saúde e Educação, além dos inúmeros problemas que já possuímos na cidade, precisaremos manter o sistema de saúde funcionando sempre e não apenas em pandemias, filas e filas para atendimento, isso quando se possui corpo técnico para o atendimento. Geralmente os vereadores em época de campanha adoram dar uma passadinha nas Upas para ver o atendimento, mas em anos normais nunca sequer pisaram para saber se está tudo bem ou se falta alguma coisa, e esse é um dos principais papeis de um vereador a fiscalização. Com essa pandemia, pelo menos algo de bom nos trouxe, afastou os ‘fantasminhas eleitoreiros’ que só aparecem de 4 em 4 anos. Já na Educação teremos um gargalo a ser lidado pois o ano letivo ainda que de alguma maneira passou a ser online, não foi e nem será o mesmo que presencial, até mesmo por falta de planejamento. Aprovar alunos passando-os simplesmente de ano não significa que foram devidamente educados, com isso o nível de aprendizagem das matérias poderá sofrer um colapso no ano seguinte, então precisaremos pensar como recuperar esse tempo perdido sem ter que reprová-los. Uma ótima ideia está em nosso plano de governo com recuperação de aprendizagem tardia em outro período”.

O Imparcial: Com o final das coligações para as chapas proporcionais, você acha que os partidos menores terão dificuldade para atingirem o quociente eleitoral? Ou esta será uma eleição diferente?

Welton: “Infelizmente, o eleitor não sentirá a diferença, pois uma de minhas observações que sempre digo e que precisam mudar com urgência é ‘nos deram o título, mas não ensinaram a votar’ é o mesmo que tirar uma habilitação e não saber dirigir. Essa dificuldade não será apenas para partidos pequenos, pois muitos partidos grandes não formaram sequer chapas. Alguns, ridiculamente estão lançado três candidatos apenas, o principal nessas eleições serão as chapas bem formadas com potencial, por exemplo, o PODEMOS com 24 candidatos. Esperamos fazer um boa quantidade de cadeiras, todos os candidatos possuem potencial de votos, temos vagas sobrando, mas preferimos não preenchê-las apenas por preencher como alguns partidos grandes fizeram, se pregamos uma nova política não iremos cometer os velhos erros. O quociente é o mesmo para todos os partidos, a diferença é que não enganamos ninguém, ou seja, não iludimos pessoas a saírem candidatos apenas para eleger o cabeça de chapa que, normalmente possui mais de mil votos. Nossa expectativa do partido é uma média de 500 votos, sendo que quem ultrapassar atingindo próximos dos 800 possam se eleger”.

O Imparcial: Como o candidato vê a situação do combate ao coronavírus na cidade e quanto você acha que isso pode influenciar nas eleições?

Welton: “O combate ao coronavírus às vezes, infelizmente, chega a ser cômico, no início que não se tinha muitos casos, fecharam a cidade inteira. Agora que aumentou significativamente, abriram a cidade, ou seja, se pararmos para refletir um pouco será que foi combatido? Não podemos negar a existência do vírus ele existe sim, é altamente contagiante e não se sabe como irá se manifestar em cada corpo, eu mesmo peguei em meados de julho, cumpri todo o isolamento e graças e Deus consegui sair ileso, mas lamentavelmente perdemos muitas vidas com esse vírus e será uma marca eterna para a humanidade. Se poderíamos ter feito mais? Com toda certeza sim. No mínimo com maior transparência, cadê o dinheiro que foi pago como entrada nas compras dos respiradores? Com tanto desvio de verbas pelo país inteiro sendo desperdiçado no mínimo que os atuais vereadores deveriam ter feito era fiscalizar melhor os repasses obtidos durante a pandemia, compras sem licitações são passíveis de muitos erros. Se isso poderá influenciar nas eleições desse ano? Sinceramente espero que não, pois acredito que as populações já não possuem memória tão curta como antes, vamos relembrar nos últimos 4 anos quantos casos tivemos por dengue? Volto a repetir não podemos permitir que o sistema de Saúde funcione apenas em pandemias ou calamidade pública, precisa funcionar sempre”.

O Imparcial: Você acredita que a candidatura do Dr. Lapena tenha potencial para barrar a reeleição do atual prefeito?

Welton: “Com Certeza acredito que sim, pois se não tivesse, há 4 anos atrás não tínhamos sido impedidos de disputar as eleições, quando dormimos na executiva e acordamos sem direito ao voto do qual éramos contra em ceder o vice para o atual prefeito. Isso só nos leva a pensar que desde lá o medo era iminente que poderíamos ganhar. Dr. Lapena é uma pessoa séria, ética e qualificada, assim como todo nosso grupo não vive da política, mas sabe que por intermédio dela podemos construir primeiro uma cidade melhor, não aceitamos nenhuma interferência de antigos caciques e digo mais, grandes nomes da política da cidade preferiram não entrar nessa briga, basta olharmos na última eleição dos que concorreram ao pleito dos que ficaram em 2º e 3º colocados respectivamente estão vindo como candidatos a vereadores, assim só me resta pensar que ainda que não pactuam com nossa maneira de fazer política, pois não pactuamos com velhos costumes, preferiram não arriscar”.

O Imparcial: Como você avaliaria a atuação dos atuais vereadores?

Welton: “Péssima, quiçá a maior quantidade de projetos de leis entre nomes de ruas e títulos de cidadão, mas sequer conseguiram fiscalizar os atos da prefeitura. Onde já se viu uma prestação de contas ser negada por um órgão altamente qualificado e passar ilesa pela Câmara da cidade? Vereador que não consegue sequer pronunciar nomes simples de profissões, oposição que vota pelo simples fato de serem oposição, vamos relembrar a revisão do Planta Genérica de Valores imobiliários da cidade onde obteve o aumento do IPTU, ainda que fosse necessário, pois havia se passado mais de 20 anos sem revisão, apenas com acréscimos contínuos. Na época, no mínimo que se esperava era que tivessem montado uma comissão especial para revisão do projeto, mas ai eu lhe faço uma pergunta. Será que teríamos vereadores qualificados para tal execução? Enfim, o simples fato de circularem pela cidade analisando, junto com imobiliárias, empreendimentos, órgãos de classe e até mesmo profissionais da área para chegar em um consenso comum de onde realmente nos últimos anos tiveram alterações como melhorias e desenvolvimento, não, parecia mais uma guerra cível entre partidos sem argumentações plausíveis. Alguns dos vereadores no decorrer de seus mandatos até tentaram instaurar inquéritos e análises de outros projetos apresentados pelos seus colegas, mas, em sua maioria um Legislativo lastimável para nossa cidade. Espero que se renove pelo menos 60%, uns 10 no mínimo dos que estão.

Mas, por favor, faço aqui um apelo para a população que escolham bem quem irão nos representar. Espero que, com essa entrevista, possa estar contribuindo em vossas escolhas”.

O Imparcial: Qual é o papel do Podemos nestas eleições municipais?

Welton: “Trazer opção qualificada para a população, pois cansamos de ouvir que não se tinha opções em quem votar, pois bem, fomos em busca de bons nomes, pessoas com experiência em diversos ramos, para aqueles que não conheciam muito sobre política ao longo desse um ano e meio de construção lhes demos cursos preparatórios para que soubessem do que se trata o cargo de vereador, fomos buscar um melhor nome possível e digno para oferecer de vice prefeito ao Dr. Lapena, encontramos o Coronel Prado, um homem de bem e altamente qualificado, com experiência em comando na administração pública que servirá de suporte técnico ao prefeito, um vice que colocará a mão na massa junto na administração da cidade e não apenas uma figura política como de costume temos visto nos últimos anos.

Viemos para fazer história, chegamos para marcar uma nova era política partidária em nossa Cidade”.

O Imparcial: Dê uma mensagem aos eleitores e diga por que merece o voto do araraquarense.

Welton: “Não peço voto, apenas me apresento. O voto é a confiança de alguém que melhor te representará. Com essa entrevista espero poder ter me apresentado um pouco mais sobre quem sou, sei que em poucas palavras é muito vago conhecer profundamente as pessoas e, por isso, lhes digo não parem, pesquisem, tenham suas próprias opiniões ainda que não concordem com a opinião do próximo, precisamos saber respeitá-los. Chega de lados, ‘Pra frente Araraquara’. Queremos uma Câmara mais ética, técnica e qualificada”, ressaltou Welton.

Redação

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