Início Araraquara Obra de bacia de detenção de chuvas no Cidade Jardim está parada 

Obra de bacia de detenção de chuvas no Cidade Jardim está parada 

As obras começaram em abril de 2019. Era a segunda etapa da drenagem de águas pluviais no Jardim Maria Luiza, com escavação de uma lagoa de detenção prevista para ter capacidade de 13.257 m³

Em resposta a um requerimento do vereador Rafael de Angeli (PSDB), a Prefeitura esclareceu dúvidas da população sobre uma cratera no bairro Cidade Jardim, ao lado da Avenida Mário Ferreira Vieira. O local terá uma represa de detenção de águas das chuvas para a região do Jardim Maria Luiza e do Cidade Jardim. 

Mas as obras estão paralisadas “para atendimento de outras demandas de maior urgência”, segundo a Gerência de Drenagens da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos. O projeto está em revisão e atualização de custos. A secretaria pretende encaminhar para licitação no início do próximo ano. 

O vereador esteve no local e ouviu moradores vizinhos, que esperavam uma explicação por parte da Prefeitura. O ‘buraco’ possui cerca de 200 metros de comprimento, 20 metros de uma margem à outra e aproximadamente 5 metros de profundidade. 

No requerimento, Angeli questionou a ausência de cerca ou grade de proteção ao redor da cratera e perguntou se o local é classificado como área institucional ou área verde. 

O cercamento do local está previsto e será executado ao final das obras. Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, isso não é possível no momento em virtude do movimento de máquinas e caminhões. 

A pasta de Obras também relatou que o local já foi protegido e cercado por duas vezes com mourões e arame, além de sinalização com fita zebrada, conforme demonstram fotos anexadas na resposta ao requerimento. Porém, os materiais foram retirados por indivíduos desconhecidos. 

A Prefeitura esclareceu que o local está situado em área verde, segundo consta no projeto do loteamento do Cidade Jardim, e a utilização da área para implantação da bacia de detenção está de acordo com a legislação em vigor à época do início das obras. 

As terras retiradas até o momento foram utilizadas para a execução de aterro em vias que foram ou estão sendo pavimentadas naquela região, o que inclui Parque Planalto, Chácara Flora e o próprio Cidade Jardim, justifica o Executivo. 

Laudo 

A Secretaria de Meio Ambiente anexou uma cópia do laudo técnico encaminhado à 2ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, dando ciência do andamento das obras. 

O documento menciona que as obras começaram em abril de 2019. Era a segunda etapa da drenagem de águas pluviais no Jardim Maria Luiza, com escavação de uma lagoa de detenção prevista para ter capacidade de 13.257 m³. 

A função principal da lagoa é captar o escoamento de águas pluviais, via galerias, da parte alta dos bairros Maria Luiza e Cidade Jardim e direcioná-las com menor impacto à tubulação mestra na parte baixa do Maria Luiza e, na sequência, até o Córrego do Cupim. Segundo o Meio Ambiente, a lagoa também permitirá que as águas das chuvas alcancem o lençol freático com mais facilidade. 

A primeira etapa, na parte alta do Jardim Maria Luiza, foi cumprida com a instalação da rede mestra de tubos de 1000 mm no trecho da Avenida Januário de Freitas, entre as ruas Orlando Schitini e Sargento PM Vital Maria Bueno Lopes, e a construção de 18 bocas de lobo. Também foram edificadas caixas de passagem e cinco poços de visitas. 

Os serviços foram completados com tubulação de interligação no trecho da Orlando 

Schitini, entre as avenidas Januário de Freitas e Fúlvio Gaspar Brunelli, e mais caixas de passagens e bocas de lobo nas confluências das avenidas Doutor José Augusto de Arruda Botelho, Ariano Penteado Simões e Cláudio do Amaral. 

Segundo o laudo, todas as licenças ambientais, incluindo a de remoção de árvores isoladas, foram expedidas conforme a legislação. Na área vizinha à lagoa, em 2019, a extinta Gerência de Biodiversidade do Departamento Autônomo de Água e Esgotos (Daae) fez o plantio de 250 árvores nativas. 

“Algo que podemos entender com tudo isso é que mais uma obra tende a ser abandonada nos próximos anos, pois até agora, é o que está acontecendo. Um buraco que tem causado insegurança para os moradores, se tornando depósito de lixo, continuará como está e sem uma previsão de término. A ausência de cercamento adequado ainda é incômoda, pois em muitos pontos, na extensão total do buraco, não há quaisquer sinais de acesso de maquinário para justificar a não colocação das cercas. São locais onde os moradores conseguem entrar facilmente, e isso é alarmante. Ficaremos de olho nessa obra para que algo seja feito o mais breve possível”, finaliza Angeli.

Redação

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