Início Araraquara Outubro Rosa: Câncer de mama também pode afetar população trans

Outubro Rosa: Câncer de mama também pode afetar população trans

Assessora especial de Políticas LGBTQIA+ alerta para os cuidados de prevenção da doença

Em meio às ações do Outubro Rosa, campanha de conscientização que tem como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e mais recentemente sobre o câncer de colo do útero, a assessora especial de Políticas LGBTQIA+, Erika Matheus, alerta para um outro público que também pode ser alvo da doença.

Segundo ela, pessoas transexuais e transgêneros também podem ser acometidas pelo câncer de mama e precisam se consultar e realizar os exames periódicos, além de manter hábitos saudáveis no dia a dia. “Atualmente, a formação médica no Brasil não se aprofunda no tema da saúde das pessoas trans, ocasionando uma distância entre as pessoas trans e os profissionais de saúde. Devido à dificuldade de acesso a profissionais capacitados e falta de medicação na rede pública, nossa população ainda enfrenta o desafio da automedicação, o que tem trazido agravos na saúde”, explicou.

Ela acrescenta que é muito importante estarmos atentos e atentas sobre o protocolo de realização do autoexame e em caso de dúvida, buscar locais de acompanhamento para a realização de um acompanhamento especializado, a fim de minimizar e diagnosticar o câncer de mama. “Mulheres trans e travestis, ao iniciar o tratamento hormonal, passam a ter características secundárias femininas, havendo crescimento das mamas, passando a necessidade de refletir no cuidado deste aspecto. Há uma redução significativa na incidência em homens trans que se submeteram à mastectomia (cirurgia de remoção das mamas). Mesmo assim, a recomendação continua sendo a mesma: realização de exames clínicos anuais para pessoas com mais de 50 anos”, salientou.

Erika aponta ainda que é necessário ter um olhar interseccional em relação à saúde para garantir o bem estar de todas as pessoas. “Existem especificidades que precisamos estar atentos para a saúde integral geral”, completa a coordenadora.

Redação

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