A mastectomia é um procedimento cirúrgico realizado para tratar o câncer de mama e consiste na retirada parcial ou total do tecido da mama.
Levando em conta esse procedimento e suas consequências, o vereador Lineu Carlos de Assis (Podemos) protocolou um requerimento, solicitando informações sobre a realização de cirurgias de reconstrução mamária em mulheres submetidas a esse processo.
Recentemente, a Coordenadoria Executiva de Assistência Especializada respondeu ao parlamentar informando que, atualmente, 22 pacientes aguardam a realização do procedimento cirúrgico em diferentes tempos de espera.
“Temos uma paciente inserida em 2015, uma em 2019, cinco pacientes em 2020, sete pacientes em 2021 e oito em 2022”, esclarece.
O setor também explica que, desde o ano de 2017, foram efetuadas 11 cirurgias de reconstrução mamária, além de 2 procedimentos conjuntos entre mastologia e cirurgia plástica.
Sobre o número de médicos que realizam esse procedimento, o órgão afirma que Araraquara conta hoje com um cirurgião plástico, responsável pelo acompanhamento das pacientes e preparo para envio ao hospital conveniado ao Sistema Único de Saúde (SUS).
“Sobre o aumento no quadro de especialistas, solicitaremos a abertura de concurso público, porém, no caso da especialidade de cirurgia plástica, temos historicamente baixa ou nenhuma inscrição de candidatos ao cargo”, acrescenta.
Sobre medidas para diminuir a fila e agilizar esse procedimento, a Coordenadoria alega que, desde a retomada das cirurgias eletivas no Hospital Irmandade Santa Casa, é necessário aguardar a normalização dos processos, sendo encaminhados com maior ênfase os casos de urgência e prioridade.
“Soubemos da problemática da fila para as cirurgias de reconstrução mamária através do grupo Chá de Lenços, que desde 2014 tem a valorosa missão de levar amor e esperança às pessoas que estão passando ou passaram por tratamento de câncer. É triste sabermos que essas mulheres estão esperando há tanto tempo por uma cirurgia que já é um direito garantido por lei, além de ser parte integrante da proposta de tratamento para o câncer de mama implementada atualmente no Brasil”, afirma o vereador.
O parlamentar entende que “a pandemia desacelerou ainda mais um processo que já era lento, visto que de 2017 a 2022 foram realizadas menos de duas cirurgias desse tipo por ano e que há uma paciente esperando há 7 anos. Por isso, precisamos analisar a questão e unir esforços para encontrar uma solução, seja por meio de campanhas, mutirões, ações ou parcerias de instituições civis com o SUS. Além disso, é importante observarmos a baixa motivação para a inscrição de candidatos ao cargo de cirurgião, conforme citado pela Coordenadoria, e entendendo a problemática, analisarmos as possibilidades para melhorar esse cenário. É um tema extremamente importante, complexo e que precisa ser resolvido o quanto antes”.
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