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Painel Político de segunda-feira, 30 de setembro

Coronel Brito no PRTB

O PRTB, do vice-presidente Hamilton Mourão, entrou forte na sucessão ao prefeito Edinho Silva. Agora, sob a presidência de um dos nomes fortes do antigo PSL local, o coronel Brito, o partido filiou também boa parte do grupo dissidente que acompanhou Brito e Marcos Custódio, quando a direção do PSL local foi destituída por Eduardo Bolsonaro. Gustavo Greco assumiu a vice-presidência do PRTB de Araraquara.

Nova frente de direita

Ao anunciar a configuração do novo PRTB de Araraquara, o grupo lançou ainda o Projeto Pró Morada, um movimento que pretende capitanear e centralizar as ações ideológicas de direita na cidade. Falando com a coluna por telefone Gustavo Greco convidou todos os partidos alinhados aos ideais conservadores, leia-se Podemos, PSC e o próprio PSL, a aderir ao Projeto e caminharem juntos nas eleições de 2020. O grupo tem como nome para a disputa do 6º andar o próprio coronel Prado.

Podemos pode filiar outros dissidentes do PSL

Segundo apurado pela coluna nas últimas horas, o Podemos, presidido na cidade pelo jovem empresário Welton Travessolo, também pode contar com alguns membros do grupo dissidente do PSL local. Citados nos bastidores como negociando com o PSC e com o DEM, o grupo, capitaneado por Marcos Custódio e Nelson Gritti, e que conta com o coronel Prado como nome forte para a disputa da Prefeitura Municipal em 2020. Parte dos dissidentes já migrou para o PRTB, agora do coronel Brito e, de acordo com o apurado pela coluna, os demais devem seguir para o PSC, do maestro Cherem e, talvez, para  o Podemos, de Welton Travessolo.

Uma nova configuração

A informação sobre a aproximação entre o PRTB, o PSC, o Podemos e o grupo de Marcos Custódio e do coronel Prado cria um fato novo na política local, e reedita uma situação bastante desejada até há pouco tempo pelos próprios protagonistas. Bastante próximos já há algum tempo, o PRTB, o Podemos e o Patriotas, do ex-vereador Luís Cláudio Lapena, comungam dos mesmos interesses e objetivos políticos e tinham como parceiros, até há poucos dias o PSL, então presidido por Custódio. Mas aí veio o tsunami Eduardo Bolsonaro, tomou o controle do PSL em São Paulo, e o partido caiu nas mãos do jovem Rodrigo Ribeiro, do Movimento Conservador, em Araraquara. Se a ida de Custódio e Cia. para o Podemos vier a se confirmar, a frente Lapena e Prado, ou Prado Lapena volta a se tornar viável, agora sem o PSL.

A volta do que já foi, sem nunca ter sido

A eventual materialização da frente entre Podemos e Patriotas, agora também com o PRTB, do coronel Brito, Gustavo Greco e Ailton Fernando, e o PSC, do maestro Cherem, reedita um cenário de apoio político de grandes nomes da política nacional ao grupo, o que, sem dúvida nenhuma representaria um fato novo na política local. Prefeiturável já há um bom tempo, Lapena foi guindado por seus seguidores a ser o nome à frente de uma hipotética chapa Patriotas X PSL em Araraquara, o que se saísse do papel, poderia fazer barulho. Nome consolidado na cidade, Lapena vem fazendo ferrenha oposição ao governo do PT, e seu grupo contava com o acordo para ter o explícito apoio dos Bolsonaro na campanha para a sucessão de Edinho.

A ideia original

A ideia original era ter material de campanha e vídeos colados, e ou protagonizados pelo presidente Bolsonaro, tanto na TV, quanto nas redes sociais, apoiando Lapena e “puxando” sua candidatura. O plano era tentar criar a polarização entre direita e esquerda durante o processo eleitoral de 2020. Tudo isso, além do tempo de TV e dos fartos recursos que o PSL, como o partido com a maior representação da Câmara dos deputados terá para a disputa. Era um sonho de verão, e a coisa toda caminhava dentro das expectativas até que o PSL local lançou o nome do coronel Prado na briga, dando início a um processo de negociações, bruscamente interrompido pelo imponderável da política: Eduardo Bolsonaro assumiu o controle do PSL no estado e colocou fim em todas as conversações…

Reedição da frente

A ida do coronel Prado – que tem até junho para se filiar -, e dos dissidentes do PSL local para qualquer um dos partidos que integre a frente, cria um cenário onde podem figurar novamente Lapena e Prado juntos em uma chapa para a disputa do 6º andar do Paço. Essa união teria ainda o reforço de Álvaro Dias e Bruno Covas nos programas de TV e de vídeos para as redes sociais, reeditando aquele cenário onde grandes nomes da política nacional, todos oposicionistas ferrenhos ao PT, podem surgir com protagonismo na disputa local. A busca pela tão sonhada polarização teria novamente um caminho aberto. Hoje, o nome do Podemos para a disputa da Prefeitura é o do empresário Valter Romão.

PSL local contesta legitimidade

Falando com a coluna por telefone, o atual presidente do PSL de Araraquara, Rodrigo Ribeiro, contestou a legitimidade da Frente de Direita Pró Morada, anunciada na última sexta-feira por lideranças do novo PRTB local. De acordo com Rodrigo, o fato de ser antipetista não credencia ninguém a ser de direita. O líder do Movimento Conservador, grupo de confiança de Eduardo Bolsonaro no PSL de São Paulo, disse acreditar que o novo movimento lançado em Araraquara pretende surfar na onda conservadora que protagonizou as mudanças políticas que o Brasil experimentou de 2019 para cá. Para ele, trata-se “de um movimento eleitoral, não de direita”, disse.

Nome de confiança

Um dos nomes de confiança de Edna Martins no PSDB local é, certamente, o do ex-vereador, e ex-secretário municipal de Serviços, Paulo Maranata. O empresário foi um dos principais articuladores do Grupo dos 5, ou G5, como ficou conhecido o grupo que elegeu o ex-vereador, e atual presidente do MDB de Araraquara, Aloizio Bras, o Boi, presidente da Câmara Municipal no final de 2010. Maranata é adepto da máxima de que a política é feita na conversa e nas negociações e tem bom diálogo pelos bastidores da cidade.

Nuvem vai, e volta  

A informação publicada pela coluna na última semana dando conta de eventuais conversas envolvendo Edna, Lapena e Boi causaram estranheza em parte dos agentes políticos locais. Alguns procuraram o colunista falando que desconheciam o fato, outros colocaram as coisas como sendo fatos normais da política. É a velha máxima outra vez: se olhar para cima a nuvem está de um jeito, se olhar pouco depois ela está de outro. E se olhar de novo ela pode não estar mais lá.

Edna de escritório novo

Nome forte do governador João Dória para a disputa do ano que vem, a ex-vereadora, e atual responsável pelo Escritório de Planejamento do Governo do Estado na região, Edna Martins montou o escritório do órgão no prédio da antiga Contadoria e antiga sede da Estrada de Ferro Araraquara (EFA), onde funciona hoje a Secretaria de Saúde, na esquina da Rua Gonçalves Dias, com Avenida Espanha. Edna, aliás, já está atendendo no local. Corre pelos bastidores, no entanto, que a líder pode protagonizar um evento de inauguração do espaço com a presença de cabeças coroadas da política local e estadual.

Costuras

Apoiada e respaldada pelo governador, Edna já se prepara para o embate eleitoral de 2020, quando pode novamente fazer frente ao prefeito Edinho Silva na disputa pelo 6º andar. De acordo com Marcos Vinholi, presidente estadual do PSDB, o partido já fechou com o nome da ex-parlamentar e não existiria qualquer outra possibilidade a ser discutida. Vinholi afirma que os tucanos já buscam dialogar com as outras forças políticas de oposição ao PT na cidade para tentar ganhar as eleições. Um desses nomes, certamente, é Marcelo Barbieri, que ao menos aparentemente ainda não parece totalmente convencido sobre o assunto estar encerrado.

PSL da capital cai em mãos bolsonaristas

Outra novidade que os bastidores da semana reservaram foi a notícia de que o líder maior do Movimento Conservador no País, Edson Salomão, assumiu os destinos do diretório do PSL na capital, São Paulo. A informação, confirmada em vídeo nas redes sociais pelo próprio Salomão, deixa a clara impressão de que ao menos em São Paulo a ala de Eduardo Bolsonaro vem conseguindo ganhar espaço e começa, realmente, a tomar o controle do partido no estado. Salomão anunciou ainda que retirou seu nome da disputa pela sucessão de Bruno Covas, deixando o caminho aberto para o deputado Gil Diniz, outro membro da tropa de choque bolsonarista no estado. Ainda vem muita briga de gente grande pela frente, mas a queda de braço entre os Bolsonaro e o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar promete bastante.

Redação

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