Nesta quarta-feira (24),
no Plenarinho da Câmara Municipal, a equipe da Coordenadoria Executiva de Políticas Étnico-Raciais e o Centro de Referência Afro “Mestre Jorge”, em parceria com o Centro Acadêmico Walter Medeiros Mauro e a Frente Parlamentar Antirracista através do vereador Guilherme Bianco (PCdoB), com a participação da Comissão de Combate à Discriminação Racial da OAB na pessoa do Dr. Walle
Camargo, ministrou palestra sobre “Direito e relações étnico-raciais: um olhar na perspectiva do racismo institucional”.
Na oportunidade, o tema abordado foi o racismo institucional e as suas facetas e a forma como ele reverbera e interfere no desenvolvimento da população negra, apresentado por meio da perspectiva prática do Programa S.O.S Racismo.
A palestra contou com a presença dos alunos dos Cursos de Direito e Psicologia da Uniara e teve o apoio do Diretório Acadêmico “Walter Medeiros Mauro” da Uniara, Frente Parlamentar Antirracista e Câmara Municipal de Araraquara.
Alessandra Laurindo, coordenadora executiva de Políticas Étnico-Raciais, falou sobre a importância da palestra. “Encontros como esses são fundamentais para, além de aproximar o poder público das universidades, também explanar diretamente sobre na prática como o racismo opera e todos os seus reflexos sociais. É uma oportunidade para que eles, enquanto alunos de primeiro ano, possam trilhar um caminho antirracista no percurso acadêmico e consequentemente ser mais um tijolo na transformação que tanto almejamos”, comentou.
Thiago Morais, membro da equipe do Centro de Referência Afro, também valorizou a iniciativa. “Os crimes de racismo necessitam de especial atenção, tendo em consideração sua complexidade diante do fato de que o racismo é um crime perfeito, sem marcas aparentes e que por vezes passa por nós despercebido”, salientou.
Thiago Rodrigues, que também é membro da equipe do Centro de Referência Afro, destacou que é preciso que todos os atores das relações étnico-raciais sejam evidenciados e entendam o seu papel na luta antirracista. “Nesse sentido, acredito que é de suma importância que pessoas brancas também busquem entender sobre a sua identidade (branquitude) e também sobre o lugar de privilégios que ocupam”, concluiu.