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Para Suplicy, Lula é o Gandhi brasileiro

Da redação

O vereador de São Paulo e ex-senador Eduardo Matarazzo Suplicy (PT) esteve em Araraquara na manhã dessa sexta-feira (6) e concedeu entrevista exclusiva ao O Imparcial, onde falou sobre sua pré-candidatura ao Senado e sobre suas expectativas em relação a uma possível candidatura do ex-presidente Lula. Suplicy foi o vereador mais votado do país com 301.446 votos na última eleição na cidade de São Paulo.

O político que tem uma história de respeito e lisura na política brasileira falou à reportagem que quer voltar ao Senado, onde já ocupou uma cadeira por 24 anos, pois por todo lugar por onde passa as pessoas pedem sua volta à Brasília. Ele ressaltou que seu nome foi escolhido no último congresso do Partido dos Trabalhadores (PT) pelos 1.200 delegados. Mas Suplicy destaca que sua principal motivação para o retorno ao Senado é colocar em prática a Lei da Renda Básica de Cidadania (Lei 10.835, de janeiro de 2004), que se constitui no direito de todos os brasileiros residentes no país e estrangeiros residentes há pelo menos 5 anos no Brasil, não importando sua condição socioeconômica, receberem, anualmente, um benefício monetário, que priorize as camadas mais necessitadas. O político citou ainda que a matéria é objeto de estudo em mais de 40 países e, em vários outros, como o Canadá, o estado do Alaska nos EUA, Macau, além do México, e em 20 cidades da Holanda, já é uma realidade aprovada pela maioria da população.

“Pronto socorro”

Como vereador da maior cidade do Brasil, Suplicy destaca o trabalho social que desenvolve junto à população mais carente. “A melhor maneira de fazer campanha é realizar bem o meu trabalho como vereadorNeste mês a Câmara está em recesso, mas o meu trabalho não para. Meu gabinete é como um ‘pronto socorro’, onde fazemos cerca de 10 atendimentos por dia que vão desde encaminhamento de trabalho até acompanhamento de operações policiais para que não ajam abusos. Recentemente ocorreu um episódio na favela do Moinho, onde um rapaz foi atingido por três tiros em um confronto com policiais e fui acionado pela mãe dele para acompanhar seu atendimento em um hospital, onde ele acabou falecendo. No outro dia fui até a Corregedoria da Polícia para apresentar a denúncia. Outra área onde tenho atuado bastante é na chamada ‘Cracolândia’ e com moradores em situação de rua. Durante a gestão de Fernando Haddad (PT) criamos o projeto ‘De braços abertos’ que previa um valor de R$ 15,00 por dia, além de 3 refeições e um quarto de hotel para o dependente de crack que se dispusesse a trabalhar e estudar. O projeto teve resultados muito positivos, porém, nos 15 meses de gestão do prefeito João Dória (PSDB), muitos projetos como este foram enfraquecidos ou ainda ficaram inacabados”, destacou.

Candidatura de Lula

Suplicy acredita que o ex-presidente Luiz Ignácio Lula da Silva vai conseguir registrar sua candidatura em agosto e tem condições de ganhar a eleição presidencial ainda no primeiro turno. Ele fez um comparativo entre a Constituinte em 1988, que aprovou as eleições livres e diretas no país, com as eleições deste ano com a participação do ex-presidente Lula. “Se o presidente Lula for impedido de ser candidato vai ocorrer um ato contra a Democracia no Brasil. Acredito em uma luta pacífica como ocorreu com o líder Mahatma Gandhi e levou a Índia à independência da Inglaterra, para sensibilizar o Supremo Tribunal Federal no sentido de liberar a candidatura do Lula. Assim como na Índia, se necessário, faremos greve de fome até o STF se sensibilizar pela causa do ex-presidente”, resumiu.

Cenário com Bolsonaro

O petista não acredita em uma vitória na eleição presidencial do deputado pelo Rio de Janeiro, Jair Messias Bolsonaro. “Não acredito que o povo brasileiro vá escolher o Bolsonaro como presidente pelas preposições absurdas dele. O importante é que as eleições transcorram de forma democrática e com a participação do ex-presidente Lula”, concluiu.

Redação

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