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Polícia Civil realiza operação contra fraude de respiradores

A Polícia Civil de Araraquara deu apoio ao cumprimento de mandado de busca e apreensão na manhã desta segunda-feira (1), expedido pela Polícia da Bahia. A Operação operação Ragnarok investiga a fraude na venda de respiradores ao Consórcio Nordeste, formado por nove estados nordestinos.

A Polícia Civil da Bahia realizou buscas na empresa HempShare, com sede em Salvador (BA), que teria fraudado a venda de equipamentos hospitalares. Conforme apontam as investigações, a empresa HempShare ( que seria do mesmo grupo que a Biogeoenergy, de Araraquara) recebeu R$ 48 milhões por um conjunto de respiradores que nunca foram entregues.

Os policiais teriam ainda cumprido o mandado de busca e apreensão na empresa Biogeoenergy (localizada dentro do condomínio da Iesa) e no apartamento do diretor da empresa, Paulo de Tarso, no bairro do Morumbi, em Araraquara. Foram apreendidos documentos e um veículo. Paulo de Tarso anunciou na semana passada o início da fabricação de mais de quatro mil respiradores em Araraquara e Feira de Santana (BA).

A operação conta com um total de 15 mandados de busca e apreensão em Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

O grupo foi descoberto após denúncia do Consórcio Nordeste, que tentou adquirir respiradores para o combate ao coronavírus. A empresa HempShare, que é alvo da ação, se apresentava como revendedor dos produtos.

Ainda segundo as investigações, a HempShare tentou negociar de forma fraudulenta com vários setores no país, entre eles os Hospitais de Campanha e de Base do Exército, ambos em Brasília.

A operação, coordenada pela Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), através da Superintendência de Inteligência, conta com a participação da Polícia Civil da Bahia, através da Coordenação de Crimes Econômicos e Contra Administração Pública, da Polícia Civil de SP, do Distrito Federal e do Ministério Público da Bahia.

A polícia detalhou que mais de 100 contas bancárias vinculadas ao grupo foram bloqueadas pela Justiça.

DEFESA
O advogado da empresa, Delorges Mano, afirma que a operação está sendo cumprida, mas não sabe ao certo o que a polícia busca. Ele diz também que a empresa de Araraquara ainda não começou a produção dos respiradores.

A Biogeoenergy informa que foram feitas buscas e apreensões por policiais civis da Bahia, com apoio de policiais locais na sua sede, em Araraquara, interior de São Paulo. Ainda não há detalhes do inquérito.

“A empresa deixa claro que não há respiradores prontos para comercialização porque a certificação da Anvisa não saiu. Nosso equipamento passou em todos os testes que garantiram a qualidade do respirador e aguarda trâmites burocráticos do órgão federal. É importante deixar claro que como não há equipamentos, também não há contrato de venda assinado com governos, empresas ou prefeituras”, diz em nota.

 

Redação

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