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Prefeitura afirma que “Operação Saturação” não envolveu uso de força ou ações coercitivas

A Operação foi realizada na Praça Santa Cruz, no dia 28 de maio, visando prevenir delitos, orientar moradores em situação de rua e promover a proteção e a sensação de segurança a todos

A “Operação Saturação”, realizada na Praça Santa Cruz, no dia 28 de maio, motivou o Requerimento nº 902/2025, enviado à Prefeitura pela vereadora Filipa Brunelli (PT). Segundo resposta da Secretaria Municipal dos Assuntos de Segurança e Mobilidade Urbana, o objetivo da operação foi “prevenir delitos, orientar moradores em situação de rua e promover a proteção e a sensação de segurança a todos”.

            “Este requerimento busca justamente esclarecer os critérios, os custos e os responsáveis por uma operação que causou preocupação pública”, explicou a parlamentar.

            Comandada pelo subsecretário de segurança, Sargento Gilson Bessegato, e supervisionada pelo secretário da pasta, Adalberto José Ferreira, a ação foi realizada pela Guarda Civil Municipal (GCM), com apoio de dois policiais militares e um cão policial.

            De acordo com a Secretaria, o planejamento do procedimento foi feito a partir de reuniões entre diferentes setores da Prefeitura, solicitações de pessoas da comunidade e ocorrências envolvendo tráfico de drogas, furtos, agressões e tentativas de homicídio.

Saturação

            O nome da operação “refere-se a ações com emprego de forças de segurança, com o objetivo de intensificar o policiamento em uma determinada área”, explica o documento. “A ‘saturação’ implica exatamente ‘saturar’ a área com agentes, promovendo um policiamento mais ostensivo e preventivo, visando coibir ocorrências de crimes”, complementa a Secretaria.

            Segundo a resposta ao Requerimento, a operação seguiu o protocolo da GCM. Os guardas entrevistaram e revistaram 14 pessoas, na busca por armas ou entorpecentes, além de terem consultado documentos e possíveis mandados de prisão em aberto.

            A Prefeitura afirma que “não houve necessidade do emprego de força ou condução coercitiva”. Também “não foram realizados encaminhamentos por não ter sido detectado nenhum mandado de prisão em aberto”. “As pessoas abordadas não aceitaram acionamento social ou da saúde e seguiram com seus pertences”, complementa o documento.

            “A atuação do poder público junto à população em situação de rua precisa ser pautada por políticas intersetoriais de acolhimento, saúde e cidadania, e não por ações que reforcem o estigma e a criminalização da pobreza”, pontua Filipa.

            “Seguiremos fiscalizando para garantir que os direitos dessa população vulnerável sejam respeitados e que as ações do Executivo estejam em consonância com os princípios constitucionais e com as diretrizes da política de assistência social, complementa.

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