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Prefeitura lança o programa de combate à fome e incentivo à inclusão produtiva

“A gente não vai mais passar necessidade”. O depoimento é de Edijane Cristina de Souza, de 38 anos, moradora do Valle Verde e integrante da primeira turma de beneficiados do Bolsa Cidadania, programa municipal de combate à fome e incentivo à inclusão produtiva lançado nesta quinta-feira (12).

Durante o evento de lançamento, no Centro Internacional de Convenção, Edijane usou a palavra em nome de todas as 145 famílias que já receberam seus cartões do benefício. “Esse cartão veio em uma hora muito boa. A gente tem liberdade para comprar o que o filho da gente precisa, o que a gente também precisa, como alimentação”, relatou.

“É uma oportunidade grande. A gente nem tem como agradecer. Se acabou o arroz, não vou mais ao Cras. Vou comprar. Se o filho não tem leite, vou com o cartão para comprar. Sou grata por tudo isso que vem acontecendo”, complementou a moradora do Valle Verde.

O Bolsa Cidadania tem três eixos principais: segurança alimentar e nutricional, qualificação profissional e inclusão produtiva, além do acompanhamento familiar nas áreas de Assistência Social, Saúde e Educação.

As famílias recebem um cartão que será utilizado para as compras dos itens essenciais para o sustento da casa. O valor varia entre 2 UFMs (Unidades Fiscais do Município) e 12 UFMs, dependendo da situação de vulnerabilidade e da renda por pessoa — atualmente, o benefício varia entre R$ 110,60 e R$ 663,60.

Em contrapartida, os beneficiários irão frequentar palestras e cursos de “Preparação para o Mercado de Trabalho” e “Cooperativismo, Empreendedorismo e Economia Solidária”, visando à reinserção social e produtiva.

Socorro emergencial
Em sua fala, o prefeito Edinho lembrou que o Bolsa Cidadania é um socorro emergencial para as famílias que estão em extrema vulnerabilidade social. Ele também elencou outros programas de inclusão social da Prefeitura, como o Jovem Cidadão, o Frentes da Cidadania, os Apoiadores no Combate à Dengue e o PMAIS (de distribuição de cestas de hortifrútis).

“Nós queremos que vocês, daqui a algum tempo, não precisem mais do cartão. Mas é papel do poder público estender a mão quando vocês mais precisam. Vamos ajudar as pessoas a enfrentarem esse momento de dificuldade e também oferecer cursos profissionalizantes”, afirmou.

“Uma mãe que acorda e vê que não tem leite, pão, como pode viver com dignidade? E como podemos dormir tranquilos sabendo que tem gente vivendo assim? O Bolsa Cidadania vai levar dignidade a quem precisa colocar comida na mesa. Não dá para achar normal a exclusão social”, complementou o prefeito.

O vice-prefeito e secretário do Trabalho e do Desenvolvimento Econômico, Damiano Neto, disse estar muito feliz pelo lançamento do programa. “O Bolsa Cidadania foi desenvolvido com muito carinho por todos nós. Tenho muito orgulho de fazer parte deste governo e ajudar quem mais precisa”, declarou.

Desemprego
A secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Jacqueline Barbosa, fez uma apresentação dos principais indicadores sociais nacionais e locais. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), 2 milhões de famílias vivem no Brasil com menos de R$ 133 mensais por pessoa.

Em Araraquara, segundo os dados do Cadastro Único, 6.540 famílias têm renda por pessoa de até 25% do salário mínimo, ou seja, R$ 250. Foram esses dados que subsidiaram a criação do programa, com objetivo de atender as pessoas em maior vulnerabilidade dentro dessa faixa de renda.

Jacqueline lembrou que uma comissão irá acompanhar se os beneficiados estão dentro das normas do programa. “A comissão vai olhar se as crianças estão na escola, se os atendimentos de saúde estão em dia, se a vacinação está em dia, se estão frequentando os cursos. Se não cumprirem, poderão ter o cartão suspenso. Ou então, se conseguirem começar a trabalhar, podem ir ao Cras e dizer que não precisam mais do cartão”, explicou.

Para a coordenadora de Economia Criativa e Solidária, Camila Capacle, o retorno ao mercado de trabalho e a reinserção produtiva é um dos principais pilares do programa. “Passar por requalificação profissional em um momento de 13 milhões de desempregados é algo significativo. Todos terão palestras e cursos de marketing pessoal e empreendedorismo”, salientou.

Representando o Legislativo, o presidente da Câmara, Tenente Santana (MDB), parabenizou a Prefeitura. “O prefeito Edinho teve a coragem de enviar esse projeto mesmo com a situação em que a Prefeitura se encontra. É um projeto muito sério. Vocês terão uma responsabilidade muito grande”, disse ao público presente.

Ainda estiveram no evento os vereadores Lucas Grecco (PSB), Paulo Landim (PT) e Toninho do Mel (PT); secretários, coordenadores e gestores municipais; a presidente do Fundo Social de Solidariedade, Cidinha Silva; a presidente do Fisa (Fundo das Instituições Sociais de Araraquara), Rosana Coelho; o superintendente do Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgotos), Donizete Simioni; entre outras autoridades.

Redação

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