A sala central de exposições do Museu Histórico e Pedagógico Voluntários da Pátria, na Praça Pedro de Toledo, passa a se chamar “Professora Aparecida Mafalda Brito Silêncio”. Nesta quarta-feira (16), um ato simbólico de descerramento da placa oficializou a homenagem, com presença do prefeito Edinho e familiares.
A lei de autoria da homenagem foi idealizada pelo vereador Edson Hel (Cidadania) e aprovada pela Câmara Municipal. Aparecida Silêncio estudou na Escola de Belas Artes de Araraquara, ingressou no movimento estudantil, foi professora de diversas escolas e ingressou em um curso superior aos 50 anos de idade.
“Ela nos deixa um legado de superação e amor pela educação e pela cultura. Foi uma mulher de muita coragem e que esteve além de seu tempo. Por isso, essa homenagem é muito justa. Parabéns ao vereador Edson Hel pela iniciativa e para a família da professora Aparecida”, destacou o prefeito Edinho.
O vereador autor da proposta relembrou que conviveu com a professora durante sua infância. “Agora, este local levará seu nome para as futuras gerações. Fico feliz por fazer parte desta homenagem. Sua história ficará como legado para o nosso povo”, afirmou Edson Hel.
A secretária de Cultura, Teresa Telarolli, destacou que a homenagem é muito justa. “Quem constrói a história de uma cidade são os cidadãos. Agradeço a oportunidade de estar com vocês prestando esta pequena homenagem a uma grande mulher”, ressaltou Teresa.
Representando a família de Aparecida, o filho Paulo Tampellini agradeceu a todos e lembrou momentos vividos pela mãe. “Ela gostava de dançar, de música, era uma pessoa alegre e que frequentava locais históricos. Minha mãe mostrou que, com perseverança e honestidade, as coisas acontecem. Tenho muito orgulho dela por tudo o que ela vez”, explicou.
Também estiveram presentes o vereador Toninho do Mel (PT), o vereador eleito Pastor Hugo (Republicanos), a gerente do museu, Virgínia de Gobbi, e o professor e historiador Rogério Belmiro Tampellini, filho da homenageada, entre outros familiares.
Biografia
Aparecida Mafalda de Brito Silêncio, filha de Luiz Silêncio e de Izabel de Brito Lisboa, nasceu no dia 13 de maio de 1942 em Araraquara. Frequentou o curso maternal e a pré-escola no Externato Santa Terezinha, o ensino fundamental na Escola Estadual Antônio Joaquim de Carvalho e o ensino médio no Colégio Duque de Caxias.
Cursou Desenho na tradicional e renomada Escola de Belas Artes de Araraquara, edificação que abriga atualmente o Museu Histórico e Pedagógico Voluntários da Pátria (Palacete São Bento), tendo colado grau como professora na disciplina em 1963. Durante a juventude, participou ativamente dos eventos sociais e culturais de Araraquara.
Ingressou no movimento estudantil através do Centro Estudantil “Almeida Júnior”, agremiação de alunos da Escola de Belas Artes de Araraquara.
Aparecida casou-se com José Ernesto Tampellini em 1965, com quem teve os filhos Paulo Cesar, Valéria Aparecida e Rogério Belmiro.
Seu momento de convivência preferido com os filhos era visitar edificações históricas de Araraquara, contar suas histórias e suas vivências em todas elas; tinha um carinho especial pela edificação do Museu Histórico e Pedagógico Voluntários da Pátria, local onde estudou e que abriga diversos objetos que lhe eram queridos, especialmente o cachimbo que seu avô Francescopaolo Celenza trouxe da Itália, doado pela família para ser preservado no acervo do museu.
Aparecida retomou os estudos aos 50 anos de idade na Faculdade de Educação São Luiz de Jaboticabal, onde concluiu o curso de Licenciatura Plena em Educação Artística em 1994.
Aos 54 anos, foi aluna da primeira turma do curso técnico em Artes Cênicas do Núcleo de Ensino Artístico “Maestro José Tescari” — NEA durante o ano de 1996. Também lecionou Desenho, Educação Artística e Artes de 1991 a 2010 nos municípios de Araraquara, Santa Lúcia, Motuca, Rincão e Gavião Peixoto.
Aparecida Silêncio faleceu em 23 de setembro deste ano, aos 78 anos de idade, em Araraquara.