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Projeto quer ampliar rede cicloviária da cidade de 14 para 126 km até 2031

Em uma reunião nessa quarta-feira (20), o prefeito Edinho recebeu representantes da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, da Coordenadoria de Mobilidade Urbana, da Controladoria do Transporte de Araraquara (CTA) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que apresentaram uma proposta de uma rede cicloviária que visa abranger diversos bairros de Araraquara.
A apresentação foi feita pela arquiteta urbanista Luciana Márcia Gonçalves e pela engenheira Thais Guerreiro, ambas professoras do Departamento de Engenharia Civil da UFSCar. O plano tem previsão de ser executado nos próximos dez anos.
O estudo apresentado apontou que 7% das pessoas entrevistadas, de um total de 2.411 que responderam o questionário de Origem-Destino, utilizam bicicleta para transporte no dia a dia e que 38% utilizariam se houvesse mais ciclovias e ciclofaixas à disposição.
Ainda segundo o levantamento, Araraquara possui hoje 14,1 quilômetros de rede cicloviária. O plano prevê, até 2031, a expansão para 126 quilômetros, além de campanhas educativas de incentivo ao uso da bicicleta e a implantação de paraciclos em parques urbanos e praças (locais para tomar água, descansar, calibrar os pneus, por exemplo).
Segundo o coordenador executivo de Mobilidade Urbana de Araraquara, Nilson Carneiro, que participou da reunião, a ideia vem sendo trabalhada desde o ano passado. “Existe uma lei federal que prevê que toda cidade precisa apresentar um plano de mobilidade urbana a cada dez anos e o nosso já vinha sendo desenvolvido há um ano e meio. Contratamos a Universidade Federal de São Carlos para elaborar o projeto, que sofreu uma interrupção por conta da pandemia da Covid-19, que atrapalhou as pesquisas e gerou um atraso. Retomamos a atividade e dentro do escopo do plano de mobilidade urbana temos esse projeto de uma rede cicloviária”, explica.
Ele acrescenta que a proposta visa atender a uma tendência mundial de incentivar o uso das bicicletas visando um ambiente mais sustentável. “A ideia é determinar um espaço para o sistema viário a bicicleta e seguir o modelo de muitas cidades como Paris e Nova York, que incentivam o uso dessa forma. A UFSCar já fez as pesquisas e já determinou um traçado pelos bairros. Trata-se de uma primeira proposta que não é um projeto fechado, para que o prefeito possa opinar e, assim, fazermos os ajustes”, completa.
Luciana Gonçalves, professora da UFSCar e uma das coordenadoras do projeto de revisão do Plano de Mobilidade Urbana de Araraquara, explica que a apresentação foi estruturada em duas partes, sendo uma de dados para diagnóstico e a outra com a proposta preliminar de política urbana de mobilidade ativa e rotas cicloviárias. “Conhecida por mobilidade ativa, o uso de bicicleta em todo o mundo vem sendo incentivado por meio de políticas públicas que visam uma cidade mais saudável, seja do ponto de vista do ciclista, seja do ponto de vista do meio ambiente. A proposta avança em uma Araraquara ciclável, aproveitando seu potencial topográfico e ampliação da cultura e segurança do ciclista, não só para lazer mas também como modal de mobilidade”, salienta.
Ela aponta ainda que o plano, denominado Bike Aquara, estabelece a política de incentivo à mobilidade ativa e prevê a instalação de uma infraestrutura cicloviária que inclui bicicletários, ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas e muita campanha de sensibilização no trânsito. “A proposta é baseada em debates técnicos junto à Controladoria de Mobilidade Urbana, questionários de pesquisa web UFSCar, pesquisas com ciclistas da cidade e parceria com questionário de opinião com a Unesp de Araraquara. A proposta quanto à adequação da infraestrutura cicloviária estabelece que Araraquara, por meio do seu Plano de Mobilidade para os próximos dois anos, prevê ampliação de 200% da rede cicloviária existente, uma vez que a cidade dispõe de pouca estrutura de incentivo e apoio a esse modal de mobilidade”, argumenta.
A arquiteta Janice Okumura, da Controladoria do Transporte de Araraquara (CTA), aproveitou a oportunidade para mostrar projetos que a coordenadoria possui para ciclovias turísticas rurais e urbanas. Também estiveram na apresentação as secretárias Sálua Kairuz (Desenvolvimento Urbano) e Juliana Agatte (Governo, Planejamento e Finanças) e os secretários Sérgio Pelícolla (Obras e Serviços Públicos) e coronel João Alberto Nogueira Júnior (Cooperação dos Assuntos de Segurança Pública), entre outros coordenadores e gestores municipais.
A proposta preliminar também será amplamente debatida com a população em audiências públicas, sendo a próxima já agendada para o dia 11 de novembro, às 17h30, no plenário da Câmara Municipal, com transmissão ao vivo pela TV Câmara e pelo canal da Prefeitura de Araraquara no YouTube.

Redação

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