Início Araraquara PT reúne lideranças políticas em plenária visando eleições 2024

PT reúne lideranças políticas em plenária visando eleições 2024

Edinho lança nome de Eliana Honain como pré-candidata à sua sucessão e quer formar uma ampla frente democrática

Por José Augusto Chrispim

O partido dos Trabalhadores (PT) realizou sua Plenária Ampliada na manhã do último sábado (16) e lotou o salão da Centro Comunitário do Carmo. O evento partidário reuniu lideranças políticas do PCdoB, PV, MDB e REDE, partidos esses que devem compor uma ampla frente democrática para a disputa das eleições municipais de 2024. O encontro também contou com as presenças das deputadas estaduais Márcia Lia e Thainara Faria, ambas do PT.

O prefeito Edinho Silva (PT), que não disputará as próximas eleições, aproveitou o evento para lançar o nome da atual secretária municipal de Saúde, Eliana Honain, como a mais provável pré-candidata à sua sucessão na prefeitura de Araraquara. Ele destacou as qualidades da secretária e lembrou de sua importância na condução do sistema de saúde do município durante a pandemia do Coronavírus que tirou as vidas de mais de 700 pessoas na cidade.

Com o salão lotado de militantes e lideranças políticas, Edinho Silva iniciou sua fala destacando a importância da presença do ex-prefeito Marcelo Barbieri (MDB) e agradeceu aos participantes de vários partidos e outras lideranças políticas. Ele ressaltou a relevância de se formar uma grande aliança em prol da democracia deixando de lado as disputas partidárias, além de agradecer a parceria com o vice-prefeito Damiano Barbiero (Progressistas).

Derrotar o bolsonarismo

“Nós derrotamos o Bolsonaro, mas estamos longe de derrotarmos o bolsonarismo. Eu espero ver o Bolsonaro pagando por seus erros e, principalmente, pelas 700 mil mortes da pandemia da Covid-19, das quais pelo menos 400 mil poderiam ser evitadas. O bolsonarismo representa uma parcela da sociedade brasileira que normaliza o racismo, que é homofóbica, que não respeita a mulher e que não tem nenhuma perspectiva da construção de um país tolerante. O bolsonarismo não aceita nossa diversidade cultural e religiosa. Infelizmente, o bolsonarismo está aí vivo e organizado, e vai continuar disputando espaços de poder na sociedade. Disputamos o poder na eleição mais polarizada da história do Brasil e ganhamos porque construímos o maior movimento democrático do Brasil desde as Diretas Já. Nós ganhamos as eleições por apenas 2 pontos percentuais, mas isso não significa que nós derrotamos o bolsonarismo. Ele está presente e consolidado. Hoje a maior obra do governo Lula é reunificar o Brasil, é fazer novamente com que o povo brasileiro derrote o ódio e a intolerância. Mas essa obra será construída pela sociedade brasileira, pelas instituições brasileiras. A construção desse movimento depende de nós isolarmos o bolsonarismo com as próximas disputas políticas. Se o bolsonarismo for vitorioso nas eleições municipais de 2024, ele chega renovado em 2026 e nós teremos novamente uma disputa muito acirrada para onde o Brasil vai. Nessa construção política que queremos para Araraquara, temos que conversar muito com os partidos que estão aqui e também com os que não estão aqui para construirmos um amplo movimento em defesa da democracia para 2024, para que a gente enterre o fascismo. E nós só vamos derrotar o fascismo, o negacionismo aqui em Araraquara, porque nós vimos quem é quem aqui em Araraquara na época da pandemia do Coronavírus. Nós temos a obrigação de derrotar o fascismo em Araraquara e continuar sinalizando para o estado de São Paulo que aqui quando a gente junta as formas democráticas, nós somos imbatíveis”, falou o prefeito Edinho.

Mais preparada

Edinho falou da importância de se fazer uma aliança forte para derrotar o candidato bolsonarista e destacou também as qualidades da secretária de Saúde que qualificou como a mais preparada para a disputa dura que será travada em 2024.

“Aliança a gente faz com quem é diferente e tenho certeza que nossa aliança será forte e sólida. Muitas das lideranças que estão aqui poderiam representar a gente nessa missão em 2024, mas na minha opinião, a liderança mais preparada para derrotar a liderança fascista que vamos enfrentar tem nome, porque tem história, porque construiu a sua história no contraponto do que representa o candidato do fascismo e por representar aquilo que nós defendemos. Em primeiro lugar a vida, como foi feito na pandemia; em segundo lugar, defender a ciência, defender o SUS, defender a saúde pública, mais que isso, defender o orçamento participativo, as políticas de construção de igualdades, defender uma educação forte e inclusiva, defender políticas sociais. A liderança mais preparada em Araraquara tem nome e é Eliana Honain”, reforçou Edinho.

Frente democrática

O presidente do Diretório local do MDB, Aluisio Boi, falou à reportagem de O Imparcial e ressaltou a parceria do partido com o governo Edinho Silva nos dois últimos mandatos. Ele explicou que a participação na plenária do PT vem de encontro com o projeto de construção de uma frente democrática para a disputa das próximas eleições municipais. Boi é líder do governo na Câmara Municipal e deve disputar a sua reeleição como vereador no ano que vem.

“A sinalização da minha ida como presidente do MDB e também o Marcelo como liderança política é uma construção que veio da Executiva do nosso partido de fazer base do governo Edinho no momento de pandemia e de políticas extremistas para ajudar a cidade naquele momento sem disputa partidária. Foi discutido com a Executiva e a gente vem com essa aproximação aos poucos como na minha eleição como presidente da Câmara, hoje como líder do governo na Câmara, na gestão do DAAE, nas ações da secretaria do Meio Ambiente, que mostram também algumas composições de governabilidade, além da força do Marcelo Barbieri junto ao deputado Baleia Rossi trazendo recursos para o município. O MDB foi o partido que mais trouxe recursos para Araraquara. Vamos lembrar também dos ministérios do MDB no governo federal que enviou o ministro Jader Filho para a cidade em um momento dramático com as chuvas do início do ano, a vinda dos recursos. A gente vê que a união do governo municipal com o MDB, que é um partido de centro, ajudou no dia a dia da cidade. Agora, nesse momento de renovação de governo, a gente se posiciona como um partido de centro que busca o equilíbrio, por isso, participamos dessa agenda do PT para mostrar que a gente está acompanhando e sinalizando para a construção de uma frente democrática para as eleições que ocorrem no ano que vem para combater principalmente esse extremismo que a gente viu na política e que não foi bom nem para a cidade e nem para os investimentos. Essa reunião de partidos foi o início e acredito que outros partidos virão, vamos discutir o plano de governo desse projeto em nome da Eliana, que é uma pessoa equilibrada, uma pessoa que mostrou muita capacidade no que compete a ela que foi a secretaria de Saúde na época da pandemia, também na mudança da diretoria da Santa Casa, agora buscando recuperar as cirurgias que ficaram paradas durante a pandemia, buscando recursos, enfim, é uma pessoa que tem o equilíbrio que a gente precisa para administrar e, em respeito ao contraditório, pois, o MDB também tem suas pautas e suas demandas próprias. Essa reunião mostrou que estamos caminhando para essa decisão que será tomada pela nossa Executiva, mas lembrando que se o MDB seguir esse caminho tem nomes que podem pleitear a participação em uma possível chapa como vice-prefeito talvez, mas isso ainda tem tempo para acontecer e devemos lembrar que outros partidos virão e também podem trazer outros nomes importantes para compor a chapa com a Eliana. O que a gente tem que enfatizar é que o MDB estará participando desse momento democrático de Araraquara depois de passar pela nossa Executiva, mas foi um início do desenho dessa formação de uma forte chapa para buscar recursos, desenvolvimento, geração de empregos, saúde, então temos que ter um equilíbrio tanto a nível municipal, como estadual e federal que o extremismo não traz. Por isso, estamos caminhando para a formação dessa frente democrática”, relatou Boi à reportagem de O Imparcial.

Redação

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