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Quebra queixo – Não soltura

Não soltura

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu retirar do STF (Supremo Tribunal Federal) seu pedido de soltura, por entender que seria embutida, a contragosto da defesa, uma discussão sobre sua elegibilidade.

Foi o que informou seu vice, Fernando Haddad, e a senadora Gleisi Hoffmann, que o visitaram na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), na tarde dessa segunda-feira (6).

A jornalistas, a presidente do PT disse que Lula tomou a decisão de forma consciente, abrindo mão de sua liberdade em nome do compromisso com o país e de sua dignidade.

 

Pelas costas

Em tom de desabafo, o candidato do PDT à sucessão presidencial, Ciro Gomes, criticou nessa segunda-feira (6) o PT e o PSDB e acusou as estruturas políticas tradicionais de darem “rasteira” e “punhalada pelas costas”.

Em anúncio da senadora Kátia Abreu como sua candidata a vice-presidente, ele atacou a “confrontação amesquinhada” dos dois partidos que, desde a disputa presidencial de 1994, polarizam a corrida ao Palácio do Planalto.

“É só fuxico, é só tratativa de gabinete, é só conchavo, é só rasteira, é só punhalada pelas costas. Porque a base moral da falta de escrúpulo na política é a mesma base moral de quem tem falta de escrúpulo diante do dinheiro público”, disse.

No mês passado, após semanas de negociações, os partidos do chamado centrão desistiram de apoiar o presidenciável para anunciar aliança com Geraldo Alckmin, do PSDB.

Em uma articulação conduzida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PSB, que estava prestes a fechar com o PDT, decidiu no domingo (5) ficar neutro na disputa presidencial.

 

Mala e Temer  

Em depoimento na 15ª Vara Federal de Brasília, ao procurador Ivan Cláudio Marx, nessa segunda-feira (6), o empresário Joesley Batista, dono do grupo J&F, voltou a afirmar que pagou propina ao presidente Michel Temer (MDB). A entrega do dinheiro, confirmou o empresário, foi feita por Ricardo Saud, então executivo do grupo, a Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor do emedebista.

O fato está relacionado à entrega da mala contendo R$ 500 mil, conforme episódio gravado pela Polícia Federal, em uma ação articulada com o Ministério Público Federal (MPF) e autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Alckmin pronto para roubar

A campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) elegeu como desafio central nos 26 dias que antecedem o início do horário eleitoral gratuito a formulação de uma estratégia para roubar eleitores de Jair Bolsonaro (PSL).

Segundo a mais recente pesquisa Datafolha, de junho, o deputado lidera a corrida ao Planalto em cenários sem Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 19% das intenções de voto – o tucano oscila entre 6% e 7%.

O campo de batalha neste momento se baseia nos desenvolvimentos após a eleição de 2014, que basicamente dividiu o país entre os chamados azuis (do centro à direita, personificados então no PSDB) e os vermelhos (a mão inversa, à esquerda, dominada pelo PT).

Redação

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