Os habitantes reclamam da balbúrdia feita pelas pessoas que frequentam o local, e da sujeira deixada por elas. “Não têm respeito, ficam nuas, usam drogas, houve casos que algumas atacaram outras pessoas. E mesmo tendo um hospital perto, as pessoas deixam o volume do som no máximo”, discorreu Parisi.
Foi falado sobre a possibilidade de abrigar as mulheres em alguma casa, no entanto, foi explicado que tal ato se classifica como “casa de prostituição” e lenocínio, que é crime. “Não posso simplesmente tirá-las de lá e colocá-las em outro lugar, isso seria uma ação higienista. Entendo o seu lado e o dos outros moradores, e que isso é uma problemática, porém temos que analisar os dois lados. Muitas não estão lá porque querem, mas porque precisam. Até mesmo porque o mercado de trabalho tem certo preconceito contra essas pessoas”, explanou Brunelli.
Felipe ainda esclareceu que, desde que se tornou assessora, vem buscando manter um diálogo com essas mulheres, levando preservativos, orientando para não praticarem atos ilícitos na rua e não descartarem itens utilizados em lugares inapropriados.
Quanto ao barulho, Angeli disse que fará uma visita ao local com o coordenador de mobilidade urbana, Nilson Carneiro, para tratar deste assunto e de outras demandas relacionadas ao trânsito no bairro. Brunelli se propôs a continuar e a intensificar a rotina de conversação com as trans e travestis.
O vereador falou sobre a importância dessa reunião. “É um assunto extremamente delicado e necessário de ser debatido. A conversa com ambos os lados é essencial, pois assim podemos chegar o mais próximo de um consenso”.