Entre 2010 e 2022, o aumento populacional paulista se manteve devido ao saldo vegetativo (diferença de nascimentos e óbitos), visto que o saldo migratório (diferença entre entrada e saída de habitantes) foi negativo, de acordo com estudo da Fundação Seade com base nas estatísticas do Registro Civil e nos resultados do Censo do IBGE.
As estimativas para os saldos migratórios dos municipais paulistas indicam que, entre 2010 e 2022, 295 deles apresentaram valores positivos e 350 negativos, ou seja, em mais da metade dos municípios paulistas as saídas superaram as entradas de migrantes.
Liderando a lista das maiores taxas líquidas de migração aparecem os municípios de Bady Bassit (44,1 migrantes por mil habitantes), Cedral (35,6) e Ilha Comprida (30,0), enquanto as taxas negativas mais expressivas estão em Gastão Vidigal (-26,3), Irapuru (-21,9) e Queluz (-21,7).
Entre 2010 e 2022, 38 municípios paulistas registravam crescimento vegetativo negativo, ou seja, o número de óbitos superou o de nascimentos. Eles estão situados mais a noroeste do Estado, enquanto na parte leste e sul encontram-se aqueles com crescimento positivo mais elevado. Os maiores índices pertencem a Barueri (13,1 por mil hab.), Itapevi (12,9) e Francisco Morato (12,2), e os menores ocorrem em Turmalina (-2,6), Águas de São Pedro (-2,6) e Flora Rica (-2,7).
Queda constante
Em relação ao saldo vegetativo, o decréscimo deverá permanecer no futuro, atenuando sua contribuição para o crescimento populacional. Isso ocorre pela redução dos nascimentos, em decorrência da queda do número médio de filhos por mulher, e pelo aumento dos óbitos associado ao envelhecimento da população. Dessa forma, a diferença entre nascimentos e óbitos tende a declinar paulatinamente até se tornar negativa.
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