A programação da “1ª Semana Municipal de Poesia José Roberto Telarolli, o poeta da Vila”, se encerra neste sábado à noite, 29 de outubro, com programação animada na avenida 13 de maio, altura do número 424, na Vila Xavier, em frente ao Ponto Chic, lugar emblemático e afetivo na vida do poeta homenageado Zé Roberto Telarolli.
O SarauSamba do Zé Poeta conta com lançamento de livro e roda de samba: a partir das 19h acontece o lançamento dos livros de Tadeu Marcato (“O dia em que Dionísio tirou Apolo para dançar”) e Anderson Piva (“Beberei a vida às borras”) e também a Roda de Samba com Teroca e Amigos às 20h.
“SarauSamba do Zé Poeta” – Na 1ª Semana Municipal de Poesia José Roberto Telarolli, o poeta da Vila”, Teroca reúne amigos para celebrar as atividades propostas pela Secretaria Municipal da Cultura e Fundart com música, especificamente samba e um pouco de chorinho.
Para esta apresentação, Teroca convida Salomão, que contará “causos” do seu convívio com José Roberto Telarolli, “o poeta da Vila”, e também traz o músico Bagdá, cantando uma canção de Telarolli, “Vila”.
Considerado por muitos como uma das maiores revelações do samba de raíz em São Paulo, o araraquarense Teroca – ou Marcelo Longo Vidal – é sambista, cantor e compositor, tem três discos lançados e, desde o início da década de 1990, idealizou e organizou dezenas de projetos musicais e culturais. Também apresenta um programa de rádio semanal sobre samba e choro e escreve sobre música e cultura brasileira com regularidade para jornais. Além disso, Teroca foi fundador de blocos carnavalescos, compositor de sambas-enredos e o primeiro presidente do Clube do Samba de Araraquara.
“O dia em que Dionísio tirou Apolo para dançar” – O poeta-filósofo araraquarense Tadeu Marcato lança oficialmente “O dia em que Dionísio tirou Apolo para dançar”, depois da pandemia. Marcato é pós-graduado em Ensino de Filosofia pela UFSCar, atua como professor na Secretaria de Educação do Estado de São Paulo e lá, desenvolve, desde 2018, o projeto Ensino de Filosofia: A poesia e a Filosofia como ferramentas para a emancipação do indivíduo com foco na prevenção à dependência química.
Poeta e escritor, é autor de quatro obras: Maiêutica poética (2015); Descompasso (2016); Descanso do caos (2017); O dia em que Dionísio tirou Apolo para dançar (2021).
No momento, desenvolve o projeto Poéticas da existência – do indivíduo ao coletivo ao indivíduo coletivo: Reflexões e práticas sobre o cotidiano, o não cotidiano e a criação, que visa a materialização através da criação de dois livros, com poemas dos alunos do Ensino Médio e EJA (Educação de Jovens e Adultos), da EE Angelina Lia Rolfsen, faz a curadoria da FLANGE (Festa Literária Angelina) que será realizada no início de 2023, participa da curadoria da FLEtec (Feira Literária da Etec) prevista para novembro de 2022 e é presença confirmada na fLiSoL (Festa Literária da Morada do Sol).
Em “O dia em que Dionísio tirou Apolo para dançar”, Marcato se aventura pela prosa trazendo o acompanhamento e desenvolvimento, descobertas, travessuras e questionamentos de seus filhos, Raoni (Apolo) e Cauê (Dionísio), de 6 e 5 anos, respectivamente.
Os textos refletem a aprendizagem dos meninos (e dos pais!), a partir da interação entre a família. Como cita o sociólogo prof. Douglas Oliveira, “em linguagem poética e cheia de encantos, é obra maiúscula e amplia os horizontes sobre a compreensão da infância e da paternidade no mundo pós-pandêmico.”
“Beberei a vida às borras” – Anderson Piva nasceu em Araraquara, interior de São Paulo, em 1983. Escreveu sua primeira peça de teatro aos quinze anos de idade. Foi premiado, como poeta, pelo jornal O Imparcial, pela Universidade de Fortaleza e pela Academia Volta-redondense de Letras. Como contista, foi um dos vencedores do XIII Concurso Nacional – Prêmio “Ignácio de Loyola Brandão”. Em 2019 publicou seu primeiro livro: Linguamundo. Atualmente é doutorando em Ciências Sociais pela UNESP e em Mutamento Sociale e Politico pela Università degli Studi di Firenze.
“Beberei a vida às borras” é uma declaração de amor à vida e à aventura de viver. Os seus poemas fazem referência à cultura erudita e à cultura pop. Misturam a linguagem popular – o português mais brasileiro – com expressões menos comuns de uma linguagem supostamente arcaica. Recuperam vocábulos esquecidos e empoeirados e ressignificam outros tantos, já gastos pelo uso corrente. Introduzem palavras estrangeiras e a sintaxe de outros idiomas, sobretudo do italiano.
Os temas de que tratam são universais, mas aparecem abordados de um modo nem sempre convencional. O amor, por exemplo, só acontece como convite à liberdade. O humor, a ironia e o sarcasmo, tão tradicionais (e hoje tão esquecidos) na poesia brasileira, recobram aqui seu fôlego. E a poesia cosmopolita almejada pelo autor coloca o particular e o universal em comunhão. Ou, melhor: quintal e mundo, em seus poemas, não têm fronteiras.
O livro, lançado recentemente em São Paulo, já figura entre os mais vendidos (posição 42) do catálogo de poesia da editora, que já conta com mais de 600 títulos.
A “1ª Semana Municipal de Poesia José Roberto Telarolli, o poeta da Vila” é uma realização da Secretaria Municipal da Cultura e Fundart, por meio da Coordenadoria de Acervos e Patrimônio Histórico, e tem toda a programação gratuita. A Semana de Poesia foi instituída no calendário oficial do município pela Lei nº 10.452, através de projeto da vereadora Fabi Virgílio.