Com encontros quinzenais, as participantes do grupo frequentam aulas de artesanato com as agentes comunitárias de saúde e palestras com a equipe de enfermagem sobre temas diversos, como boa alimentação, puberdade, e outros assuntos pertinentes ao público alvo do projeto.
“Queremos prevenir alguns problemas infelizmente comuns nessa comunidade: gravidez precoce e doenças sexualmente transmissíveis. Temos casos de meninas de 12 anos grávidas e/ou com sífilis”, afirmou uma funcionária.
As servidoras já conseguiram a adesão de mais de 30 meninas que compõem dois grupos distintos de acordo com a faixa etária, a qual pode ser de nove e 10 anos ou 11 e 12. “A abordagem é diferente dependendo da idade, pois a cabecinha delas muda muito nessa fase de transição”, completou uma técnica de enfermagem.
Há também um interesse da equipe em realizar atividades externas com as meninas, levando-as a peças de teatros e cinema, por exemplo. Para isso, porém, são necessárias parcerias para transporte e ingressos. “As meninas são muito carentes e quase nunca saem do bairro. Várias delas nunca foram ao cinema. Queremos expandir os horizontes dessas crianças”, frisou uma agente comunitária.
Demandas daUSF
In loco, o vereador também identificou algumas dificuldades da unidade, como a necessidade de contratação de uma auxiliar de dentista, manutenção no consultório odontológico, que apresenta infiltração nas paredes e outros problemas, geladeira para armazenamento de testes de sífilis para gestantes, além da contratação de mais uma equipe completa. “Temos estrutura física e demanda para duas equipes. Nossa população é totalmente dependente dessa unidade para ter acesso à saúde devido ao elevado nível de vulnerabilidade social”, afirmou a enfermeira responsável.
Gerson da Farmácia entrará em contato com a secretária municipal de Saúde e solicitará as providências cabíveis para solucionar tais situações. “Acompanharei de perto o andamento desses pedidos, cobrando agilidade do Executivo.”