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Servidores da Unesp fazem paralisação em Araraquara

José Augusto Chrispim

 

Cerca de 800 funcionários da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Araraquara realizaram uma paralisação por reajuste de salário nessa segunda-feira (27). Pela manhã, um grupo de servidores se reuniu na portaria do Campus da Faculdade de Ciência de Letras (FCL).

De acordo com os grevistas, as principais reivindicações são o aumento de 2,2% nos vencimentos e também a garantia do pagamento do 13º salário. Porém, a reitoria da universidade alega não ter recursos para cumprir o pedido que impactaria em cerca de R$ 49 milhões, considerando 12 meses mais 13º terceiro salário e férias constitucionais.
O Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) se reuniu ontem para a realização da terceira e última rodada de negociação do reajuste dos servidores técnicos e administrativos e dos docentes das três instituições Unesp, USP e Unicamp.
De acordo com a assessoria de imprensa da Unesp, a paralisação foi parcial e não afetou de forma significativa as atividades essenciais em nenhum campus da Universidade.

 

Leia a nota na íntegra:

Neste momento, Unesp prioriza o 13º salário para todos

1) Informamos que, em 24/05/2019, foi feito o pagamento da segunda e última parcela (50%) do 13º salário relativo ao ano de 2018 aos servidores docentes e técnico-administrativos autárquicos.

2) Conforme informado na reunião do Conselho Universitário ocorrida em 25/04/2019, após reuniões de negociação que envolveram as secretarias estaduais de Desenvolvimento Econômico, da Saúde e da Fazenda e Planejamento, a Unesp acordou com o governo do Estado o ressarcimento dos valores correspondentes à folha de pagamento dos 644 servidores ativos que trabalham no Hospital das Clínicas de Botucatu, totalizando cerca de R$ 83 milhões anuais. Esse valor, somado aos R$ 25 milhões já provisionados para o pagamento do 13º salário do exercício atual, já perfazem 67% do valor total do 13º salário de 2019. Com esse aporte de recursos e o esforço da Unesp de equilibrar as despesas, espera-se, prioritariamente, cumprir com o pagamento integral do 13º salário de 2019 a todos os servidores durante o presente exercício.

3) Após a provisão integral do 13º salário do ano de 2019, permitindo seu pagamento a todos os servidores docentes e técnico-administrativos, celetistas e autárquicos, e dependendo da evolução da arrecadação do ICMS, será determinado o melhor momento para aplicar o dissídio de 2,2% aprovado pelo CRUESP na reunião ocorrida com o Fórum das Seis na data de hoje (27/05/2019). Apenas para conhecimento da comunidade, o valor de 2,2% do reajuste impactaria a folha de pagamento anual da Universidade em cerca de R$ 49 milhões, considerando 12 meses mais 13º terceiro salário e férias constitucionais.

Informamos ainda que as reuniões periódicas que estão ocorrendo entre representantes das entidades sindicais com a Pró-Reitoria de Planejamento Estratégico e Gestão (Propeg) e a Comissão de Orçamento serão mantidas, de forma a permitir o acompanhamento das despesas correntes da Universidade e receitas repassadas pelo Estado.

Na expectativa de que poderemos superar em 2019 o maior desafio orçamentário e financeiro herdado pela atual gestão, ou seja, a ausência de uma folha de pagamento no orçamento de 2017, que tem dificultado o pagamento do 13º salário a todos ainda durante o exercício financeiro, solicitamos a compreensão da comunidade em relação ao encaminhamento que está sendo dado, postergando a implementação do reajuste concedido pelo Cruesp para o momento adequado.

 

Paralisação estadual

Além dos mais de 800 servidores dos três campis de Araraquara, a paralização dessa segunda-feira (27) atingiu universidades de outras 33 cidades.

Caso a direção da Unesp decidir não conceder o reajuste pedido pelos servidores, uma assembleia deve ser agendada para definir os próximos passos que podem incluir uma possível greve.

 

Redação

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