O rapper paulista, Emicida, sobe ao palco do Sesc Araraquara na quinta-feira (13), às 21 horas, trazendo para o público os sucessos de AmarElo, trabalho lançado em 2019 e que teve grande repercussão, vencendo o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa daquele ano. Neste projeto, Emicida usou o rap como fio condutor e somou o clássico ao moderno em uma incursão que ele ousa chamar de neo-samba, também responsável por elevá-lo ao mesmo patamar dos grandes mestres. O álbum esteve nas
principais listas de melhores discos do ano.
O show será no ginásio do Sesc Araraquara e os ingressos variam entre R$ 12,00 e R$ 40,00. A compra online está disponível no Portal Sesc ou no App Credencial Sesc SP.
Presencialmente, será possível adquirir os ingressos nas bilheterias físicas das unidades nesta quarta-feira (5), a partir das 17h.
Quem é Emicida
Leandro Roque de Oliveira, o Emicida, começou a dar os primeiros passos no rap lá pelo ano de 2006. Se tornou a principal referência da sua geração no rap e criou, ao lado do irmão, Evandro Fióti, uma empresa – a Laboratório Fantasma –, que também é responsável pelo agenciamento
artístico de outros nomes da cena musical nacional. Com o lançamento da primeira mixtape, Pra Quem Já Mordeu um Cachorro por Comida Até que Eu Cheguei Longe (2009), produzido de forma artesanal e vendido (por ele) a dois reais nas ruas o levou aos principais festivais do Brasil e do
mundo, incluindo Rock in Rio, Roskilde (Dinamarca) e Coachella (EUA).
Com seu primeiro disco de estúdio, O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui (2013), ganhou notoriedade para além do nicho do rap. O mesmo se deu com o sucessor Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa (2015), que inspirado em uma viagem por Angola e Cabo
Verde, trouxe participações de nomes do calibre de Caetano Veloso e Vanessa da Mata e foi indicado ao Grammy Latino – a outra indicação de Emicida à premiação foi com a música “A Chapa É Quente”, do projeto Língua Franca (2017), parceria em que ele, Rael e os rappers portugueses
Capicua e Valete celebram a língua comum entre os dois países.
Em 2018, quando lançou o seu primeiro DVD ao vivo e em 2019, ano em que a LAB completou 10 anos, Emicida conseguiu olhar pra trás com êxito, tendo o entendimento do tudo o que foi feito até aqui: um experimento social que ainda está em construção. Lançou o projeto de estúdio AmarElo, que venceu o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa e elevou o artista ao panteão da música brasileira. Usando o rap como fio condutor, Emicida somou o clássico ao moderno em uma incursão que ele ousa chamar de neo-
samba, também responsável por elevá-lo ao mesmo patamar dos grandes mestres.
Muitos foram os desdobramentos de AmarElo. Em 2020, lançou o podcast AmarElo – O Filme Invisível, que explora os bastidores e as inspirações para o disco do ano anterior. Também apresentou o AmarElo Prisma, projeto multiplataforma que visa criar novas perspectivas para a sociedade. Ao estrear a LAB Fantasma TV, na Twitch, mais do que nunca a
Laboratório Fantasma se posiciona como uma plataforma de conteúdo. Além do lançamento de AmarElo – É Tudo Pra Ontem na Netflix – indicado ao Emmy Internacional. Trata-se de um documentário com
animações, entrevistas e cenas de bastidores. Usando o show do rapper no Theatro Municipal como espinha dorsal, o filme explora a produção do projeto de estúdio AmarElo e, ao mesmo tempo, a história da cultura brasileira. Nele, estabelece-se um elo importante entre três momentos relevantes da história negra brasileira: a Semana de Arte Moderna de 1922; o ato de fundação do Movimento Negro Unificado (MNU), em 1978, pela valorização da cultura e de direitos do povo negro; e o emblemático espetáculo de estreia de AmarElo, novembro, em 2019.
Em 2021, o AmarElo – Ao Vivo (registro do show do Municipal) chegou aos aplicativos de streaming de áudio, enquanto o registro em vídeo ficou disponível na Netflix. O audiovisual, inclusive, tem sido uma linguagem cada vez mais forte na carreira do rapper, como exemplifica a série
documental O Enigma da Energia Escura, que passou no GNT e segue disponível no Globoplay.
Emicida define o esse trabalho como o aprofundamento do diálogo iniciado em AmarElo – É Tudo pra Ontem. Escolhido Men of the Year pela revista GQ, o rapper encerrou o ano com uma música no projeto COLORS, intitulada "São Pixinguinha", e anunciou uma parceria com o Mundo Bita, sensação entre crianças de 1 a 5 anos, para janeiro de 2022.