O Sinsaúde entrou com denúncia junto ao Ministério Público Trabalho (MPT) contra a Santa Casa de Araraquara e o seu provedor, Jeferson Luís Yashuda, por impedirem que o Sindicato realize a coleta de votos dentro do hospital para eleição da nova diretoria sindical. Os fatos ocorridos nesta terça-feira (22), relatados ao MPT, denunciam também atentado à liberdade de associação, ofensa à dignidade dos trabalhadores do hospital e danos morais individuais e coletivos, que são violações contra os direitos trabalhistas.
“Lamentamos esta atitude antissindical do provedor e estamos tomando as providências judiciais para restabelecer o direito igual de todos os associados de votar na diretoria da sua entidade sindical”, comenta a presidente do Sinsaúde, Sofia Rodrigues do Nascimento.
Para o diretor Jurídico do Sinsaúde, Paulo Gonçalves, o mais ofensivo foi a postura do provedor quando disse aos sindicalistas que a eleição “fosse feita na rua”. “Não aceitamos este desrespeito aos profissionais que dedicam a sua vida a cuidar das pessoas em nome do hospital”, avalia.
O Sinsaúde seguiu todos os trâmites legais para a preparação do pleito e informou a Santa Casa, por ofício, no dia 2 de abril. O Sindicato pede medidas urgentes para que o hospital estabeleça um local apropriado para que um mesário possa disponibilizar aos trabalhadores um tablete para votarem.
Os membros da chapa – Juntos Chegamos Longe, encabeçada por Edison Laércio de Oliveira, protestam contra este ato antissindical também. “Esta é uma atitude que atenta contra os direitos dos trabalhadores”, afirma Edison.
A Santa Casa é o único estabelecimento a tomar esta atitude antissindical em toda a base do Sinsaúde, formada por 172 cidades no interior do Estado.
Eleição
O Sinsaúde realiza a eleição da nova diretoria Gestão 2025-2030, de 22 a 25 de abril. Votam todos os associados que trabalham em hospitais, clínicas e laboratórios de 172 cidades do Interior de São Paulo, onde o Sindicato tem atuação.
A eleição é eletrônica. O Sindicato disponibiliza nos hospitais computadores portáteis, que servem como urnas, para que trabalhadores participem da eleição.
