José A C Silva
“No passado, colocar um civil na Defesa era símbolo de qual poder prevalece”, comentou.
Não querendo atacar este ou aquele, precisamos de soluções urgentes, como pode um país ser impotente diante do crime organizado? No governo de Fernando Henrique Cardoso, que durou oito anos, fora o tempo que ficou como ministro de Itamar Franco, nada se fez em relação à corrupção e ao combate ao crime organizado. Depois que deixou o poder, FHC coloca como única saída a liberação das drogas.
Fernando Henrique, mais liso do que quiabo, sempre tem uma resposta na ponta da língua em relação aos seus fracassos. Ele sabia de todo o sistema de corrupção entre empresários e parlamentares, mas achou melhor ficar calado, alegando que seria melhor para o Brasil seu silêncio. Nas gestões do governo Lula não deixou as denúncias de corrupção prosperarem – também foi uma pedra no sapato de Mário Covas e agora atrapalha terrivelmente Geraldo Alckmin, não deixando que sua candidatura alce voo. Dá medo da volta dos militares no poder, como da permanência dos nossos políticos em Brasília. Não podemos olhar para trás eternamente – ficamos fixos na ditadura que foi instalada na América Latina – na iminência de um novo golpe militar.
Não temos guerras e é mais que lógico que os militares têm que fazer jus a seus salários, ajudando a colocar fim tanto na criminalidade como na corrupção. O que não pode é eles voltarem a governar o país. Hoje o judiciário também não tem credibilidade, não sabemos quem vai ser o próximo bandido que o Gilmar Mendes vai soltar. Aqui no Brasil não temos pena de morte, mas os bandidos podem matar crianças até em estado de gestação.
Segundo FHC, “quando os governos não são fortes, apelam para os militares”, citando como exemplo o final do governo do ex-presidente chileno Salvador Allende. O ex-presidente Lula lidera pesquisa de intenção de voto, Bolsonaro vem em segundo lugar na corrida presidencial, havendo uma polarização entre esquerda e direita no nosso país, apesar da guerra fria já ter acabado.
Os maiores culpados de nossa nação se encontrar em frangalhos são os políticos. Na posse do Dimas Ramalho, no Tribunal de Contas, mediante o comparecimento das maiores autoridades do país, um parlamentar eminente me disse “o exército não volta mais a democracia está consolidada”, dando a perceber que estava com medo do retorno dos militares. A classe política não estava agradando os brasileiros mediante os protestos que estavam acontecendo em todo país. Está patente que os políticos e as polícias fracassaram, ainda para piorar aderiram à corrupção. Nosso primeiro presidente após a ditadura foi o saudoso Tancredo Neves, diante da sua morte assumiu o seu vice-presidente José Sarney – de lá pra cá só corrupção.
Já foi dada toda ajuda às mulheres de bandidos como o Bolsa Família, casas populares – Minha Casa Minha Vida – e ajuda em dinheiro vivo para criarem os filhos e nada mudou. Parece que grande parte dos brasileiros carrega sobre si o gene do Hosmany Ramos, que foi aluno do Dr. Ivo Pitangui e foi apontado como o segundo melhor cirurgião plástico do Brasil, mas preferiu ser assaltante de cargas. Lógico que o desemprego é grande atualmente, mas isto não avaliza o crime.
Fernando Henrique, ao ser questionado sobre a escolha de um general da reserva do Exército para ocupar o cargo de ministro da Defesa, afirmou que na América Latina osgovernos utilizaram os militares para se fortalecerem. Neste ponto ele tem razão, mas está mais que na hora de termos mais ações e menos filosofia.