O deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro, obteve na quarta-feira (16), uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender as investigações sobre as movimentações da conta bancária do seu ex-assessor de gabinete, Fabrício Queiroz. A decisão é do ministro Luiz Fux, que decidiu pela suspensão da investigação por entender que cabe ao relator sorteado no STF, ministro Marco Aurélio, decidir em que foro o caso deve prosseguir. O caso corre em sigilo.
A partir de fevereiro, Flávio passa a ter foro privilegiado no STF, mas a Corte terá que analisar o destino do processo de acordo com a nova regra decidida no ano passado de que só ficam no Supremo casos que aconteceram durante o mandato e em razão da função parlamentar.
O relator da reclamação feita por Flávio Bolsonaro é o ministro Marco Aurélio Mello. Mas como o tribunal está em recesso, a decisão pode ser tomada pelo presidente da Corte. No momento, a presidência é exercida por Fux.
Entenda o caso
De acordo com o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), foi registrada movimentação financeira de R$ 1,2 milhão, considerada atípica, na conta de Queiroz. O ex-assessor recebeu em suas contas bancárias transferências e depósitos feitos por oito funcionários que foram ou estão lotados no gabinete de Flávio na Alerj. A suspeita é que o caso constitua desvio dos salários dos assessores, mas até agora não há provas que envolvam Flávio Bolsonaro em irregularidade.
Em entrevista ao SBT, Queiroz disse que o valor em dinheiro que movimentou em sua conta é fruto da compra e venda de veículos usados e que um câncer o impossibilitou de prestar depoimento.