Uma boa notícia para consumidores e para empresários: as taxas de juros das operações de crédito mantiveram queda no primeiro mês de 2019, dando continuidade ao período de reduções iniciado em março de 2018. Segundo análise do Núcleo de economia do Sincomercio com base nos dados da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (ANEFAC), todas as nove linhas de crédito pesquisadas, para pessoa física e jurídica, tiveram suas taxas de juros reduzidas em janeiro. As quedas registradas são atribuídas à melhora do cenário econômico nacional, que diminui os riscos de concessão de crédito e de inadimplência. Além disso, como os spreads bancários continuam elevados, existe uma margem maior para as reduções nas taxas mensais.
Taxas de juros para pessoa jurídica
Na análise das taxas para pessoa jurídica, as três linhas de crédito pesquisadas apresentaram reduções no mês de janeiro, com destaque para o capital de giro, que apresentou queda de 1,27%, passando de 1,58% a.m. em dezembro de 2018 para 1,56% a. m em janeiro de 2019. A taxa média para pessoa jurídica registrou queda de 0,84% no mês de janeiro, passando de 3,57% a.m. em dezembro de 2018 para 3,54% a.m. em janeiro de 2019.
Menor taxa desde novembro de 2014
A ampliação do sistema financeiro e da concessão de crédito às empresas e aos consumidores contribui com o desenvolvimento econômico do Brasil, uma vez que permite o aumento dos investimentos e consumo, a geração de empregos e a expansão dos mercados. Contudo, as taxas de juros praticadas ainda se mantêm em níveis elevados quando comparados com a média internacional, principalmente para pessoa física. No Brasil, o crédito disponível representa em média 47,4% do PIB, enquanto a média nacional ultrapassa 100%. Sendo assim, apesar da expansão do crédito representar um incentivo à economia de modo geral, é preciso agir com cautela e responsabilidade no momento de contratar um financiamento. Tanto empresários quanto consumidores são prejudicados pela existência de grandes variações entre as taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras, dado que não existe controle de preços ou limites pelos valores cobrados. Recomenda-se tanto à pessoa física como à jurídica, planejamento financeiro ao pesquisar as instituições e linhas de créditos com melhor custo benefício, bem como evitar comprometer demasiadamente o orçamento, utilizando o crédito de forma consciente.