Início Araraquara Tecladista do RPM, Luiz Schiavon morre aos 64 anos

Tecladista do RPM, Luiz Schiavon morre aos 64 anos

Segundo família, músico sofria de doença autoimune e não resistiu a complicações de cirurgia mais recente

Morreu aos 64 anos o tecladista Luiz Schiavon, conhecido especialmente pelo trabalho com o RPM. A informação foi confirmada pela família por meio de uma nota, divulgada pelo jornalista Sérgio Martins nas redes sociais.

De acordo com o comunicado, Schiavon lutava há 4 anos contra uma doença autoimune. Ele não resistiu a complicações da cirurgia mais recente, realizada para tratamento do problema de saúde.

Luiz Schiavon e RPM

Nascido em São Paulo no dia 5 de outubro de 1958, Luiz Schiavon foi o compositor melódico da maioria das músicas do RPM. O grupo, completo em sua formação clássica por Paulo Ricardo (voz e baixo), Fernando Deluqui (guitarra) e Paulo “P.A.” Pagni (bateria), tornou-se um fenômeno de popularidade nos anos 80 ao vender milhões de cópias com os álbuns “Revoluções por Minuto” (1985) e “Rádio Pirata Ao Vivo” (1986).

O quarteto se separou por duas vezes ainda na década de 80: rompeu em 1987, desfrutando do auge do sucesso, para voltar novamente no mesmo ano, lançar o álbum “Quatro Coiotes” em 1988 e acabar em 1989. Um retorno entre 1993 e 1994 para o disco “Paulo Ricardo & RPM” não contou com Schiavon, à época envolvido com projetos de dance music.

Já no século 21, o RPM clássico se reuniu em duas ocasiões: entre 2001 e 2003, gerando o álbum ao vivo “MTV RPM 2002”, e em 2011, o que rendeu o disco “Elektra” (2012). Um trabalho intitulado “Deus ex Machina”, com produção de Lucas Silveira (Fresno), chegou a ser gravado entre 2014 e 2015. No entanto, o projeto foi descartado e Paulo Ricardo voltou a se dedicar à carreira solo, saindo em 2017 e tendo na sequência uma batalha judicial contra os ex-integrantes, em relação ao uso do nome do grupo.

Desde então, o RPM se manteve ativo com Dioy Pallone nos vocais e baixo e lançou uma série de singles – o mais recente, “Promessas”, saiu na última semana. Com a morte de P.A. Pagni em 2019, Kiko Zara assumiu a bateria. No último ano, Luiz Schiavon esteve ausente das atividades na estrada, sendo substituído por tecladistas como Luis “Gus” Martins, Jo Borges e Tato Andreatta. Chegou a chorar no palco durante a apresentação que marcou seu retorno, em novembro último, na cidade de São Carlos.

Além da banda que o consagrou, Schiavon desenvolveu diversas trilhas sonoras para novelas da TV Globo no período entre 1996 e 2002. Dirigiu ainda a banda do programa “Domingão do Faustão” de 2004 até 2010. Outros de seus trabalhos podem ser conhecidos em seu site oficial.

Redação

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