Estão abertas até esta quarta-feira (19) as inscrições para o “Seminário Estadual de Enfrentamento ao Racismo Religioso e LGBTfobia nos Espaços de Matriz Africana”, que será realizado nesta sexta e sábado, dias 21 e 22 de junho, na Casa SP Afro Brasil “Oswaldo da Silva – Bogé”, que fica na Av. Paulo da Silveira Ferraz, 1195, Vila Xavier. A ação será realizada pela Rede Nacional de Mulheres Negras no Combate a Violência em parceria com apoio de Aliança Negra, Conexão Nacional de Mulheres Transexuais e Travestis de Axé (Conatt) e Prefeitura de Araraquara, por meio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Participação Popular, Coordenadoria de Políticas Étnico-raciais e Casa SP Afro Brasil.
O objetivo do encontro é reeducar e combater o racismo religioso e as formas de opressão de gênero e sexualidade nas comunidades de terreiro, que envolvem Candomblé, Umbanda, Isese Lagba, Batuque, entre outras. No dia 21, uma sexta-feira, as atividades serão realizadas das 18h às 21h, enquanto no dia seguinte, sábado, o horário será das 8h às 13h.
A coordenadora municipal de Políticas Étnico-Raciais, Alessandra Laurindo, valorizou a iniciativa. “A parceria com a Rede Nacional de Mulheres Negras no Combate à Violência com Araraquara é de suma importância para fortalecer as políticas de enfrentamento a todos os tipos de racismo e discriminação. Seguimos há 15 anos construindo ações em conjunto e esse encontro em muito contribuirá para que possamos avançar para uma sociedade onde o respeito ao próximo se naturalize independente de sua crença ou orientação sexual”, comentou.
Erika Matheus, coordenadora de Gênero e Sexualidade da Rede Nacional de Mulheres Negras no Combate à Violência, falou sobre a relevância do encontro. “O evento, em sua segunda edição no estado de São Paulo, tem extrema importância frente a discussão das mazelas LGBTfóbicas trazidas de um sistema colonial, principalmente no que tange a transfobia. Quando inserimos a pauta de gênero e sexualidade nesses espaços, estamos demonstramos que nossos espaços precisam ser de total acolhimento e que estamos em um posicionamento político contra a discriminação e dizendo que a fé é pertencente de todas, todos e todes. O objetivo do seminário é, portanto, reeducar, criar uma rede de contato e apoio e promover essa emancipação em nossos locais. E seguiremos fazendo isso em outros territórios também”, assegurou.
O evento restringe-se para um número máximo de 60 pessoas, por isso, a organização pede que todos aqueles que se inscreverem o façam com assertividade e certeza de participação. Tambem é solicitado que venham em uma ou no máximo duas representações de suas casas e instituições, de preferência mulheres pretas cis ou trans, para que após o encontro, levem o ensino para suas suas comunidades.
As casas que participarem terão seu nome divulgado por meio das redes sociais da Rede Nacional de Mulheres Negras no Combate à Violência para que pessoas LGBTs, especialmente pessoas trans e travestis, tenham uma referência acolhedora para onde ir.
As inscrições devem ser feitas pelo link bit.ly/seminario_21e22junho.