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Um amor grená

Casal acompanha toda a trajetória da Ferroviária

Texto e fotos: Tetê VivianiAntes de se conhecerem, Elsa Alves da Silva, de 74 anos, e Carlos Antônio Rosa, 78, o Pita, já frequentavam o Estádio Fonte Luminosa com os pais. Desde o namoro, naquele início dos anos 1960, e depois do casamento, em 1964, nunca mais abandonaram o hábito de ir ao estádio.A paixão pela Associação Ferroviária de Esportes só não é maior que o carinho que nutrem pelos netos Luís Gustavo, Natália, Ana Beatriz, Mariana e Natália, pelos filhos e noras.Com orgulho, Pita, ex-zagueiro da Atlética da Vila e do Grêmio da Polícia Militar, exibe a coleção de carteirinhas de associado da AFE durante entrevista em sua casa, no Vale do Sol, na região noroeste de Araraquara.“Em 1954, quando entrei na Escola de Formação Profissional da Estrada de Ferro, eu me tornei sócio da Locomotiva e até hoje, depois de mais sessenta anos, continuo como Sócio Locomotiva”, recorda.A memorável campanha da Taça de Ouro, em 1983, é destacada por Elsa. “Enfrentamos as melhores equipes do País e conseguimos vitórias emocionantes contra Botafogo (RJ), Grêmio de Porto Alegre, Internacional (RS) e outros clubes”, destaca.O amor pelo clube segue intenso, e o casal tem dois filhos trabalhando na preparação física grená. Edu Rosa, no sub-17 e sub-20, ambos no masculino, e José Carlos Rosa, o Rosão, no futebol feminino.“Acompanhamos a base, as meninas e o profissional, faça chuva ou faça sol. E, é claro, torcemos pelo sucesso dos nossos filhos”, enfatiza Elsa Rosa.Setor 4Religiosamente, o casal chega ao estádio uma hora antes do início do jogo e o lugar preferido é o setor 4, na primeira fila do alto, embaixo da cabine de imprensa. “A visão é das melhores e fácil acesso ao sanitário e ao bar”, observa o experiente Pita.A permanência na elite do Paulista de 2019 foi comemorada pelo casal. “Foi um campeonato difícil e mantivemos a estrutura campeã da Copa Paulista. Agora, precisamos contratar mais atacantes para o Campeonato Brasileiro da Série D”, opinou o subtenente da reserva.“No Brasileiro, temos que ter jogadores que atuem com muita raça”, completou Elsa.

Redação

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