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Veja quais são os aliados e os vilões na luta contra o colesterol

Em 8 de agosto, comemora-se o Dia Nacional do Combate ao Colesterol. O assunto merece total atenção, já que, de acordo com dados do DataSUS, em 2017 ocorreram 358 mil mortes causadas por doenças do aparelho circulatório no Brasil. Significa dizer que um a cada três óbitos tem como causa problemas cardiovasculares, e o colesterol é um dos principais fatores de risco para essa enfermidade. “É um número alto e simboliza uma morte a cada 40 segundos, proveniente de doenças que, em sua maioria, podem ser diagnosticadas e tratadas”, afirma o Dr. José Francisco Kerr Saraiva, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp). Esses problemas têm como fatores de risco, além das altas taxas de colesterol, tabagismo, diabetes e sedentarismo, por exemplo.

“A aterosclerose e suas complicações são as causas mais comuns de morte e incapacidade em todo o mundo. O primeiro passo para o desenvolvimento da enfermidade é a exposição de células vasculares ao excesso de LDL e ,por isso, é importante tratarmos o colesterol elevado, com mudança de estilo de vida, dieta e exercício e uso de medicação quando necessário”, afirma a Dra. Argenzia Mestria Bonfa, presidente da Socesp Araraquara.

Por isso é importante lembrar que a alimentação saudável é a principal estratégia para manter as taxas deste composto controladas, reduzindo-se as chances de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) e infarto. “O colesterol é sintetizado em diversos tecidos do nosso organismo, mas é no fígado onde ocorre sua maior síntese, sendo transportado para todo o corpo pelas lipoproteínas. As mais importantes são as Lipoproteínas de Baixa Densidade [LDL] e as Lipoproteínas de Alta Densidade [HDL]”, explica a nutricionista Regina Helena Marques Pereira, do Departamento de Nutrição da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).

A LDL é o chamado “colesterol ruim” porque está associada com o maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares. “O ideal é que sua taxa sanguínea fique abaixo de 130 mg/dl”, afirma a especialista. A HDL é o “colesterol bom”, que ajuda a remover o excesso do composto no corpo, favorecendo sua excreção. O indicado é manter a taxa superior a 40 mg/dl. Temos ainda as VLDL, que são relacionadas ao transporte principalmente de triglicerídeos, que também oferecem risco à saúde do coração.

Segundo Dra. Regina, manter uma alimentação saudável e praticar atividades físicas são as principais ações a serem realizadas para diminuir o risco de doenças cardiovasculares causadas pelo composto. “O colesterol dos alimentos contribui com 30% do colesterol do organismo humano”, complementa a nutricionista.
Confira lista elaborada pela especialista com alguns aliados e vilões na luta contra o colesterol alto!

Vilões
1 – Bombom: o bombom é uma versão de chocolate com pouquíssimo cacau e muitos ingredientes, dentre eles gorduras adicionadas – principalmente gordura hidrogenada – trans, que é a mais aterogênica.

2 – Carnes gordas: a gordura animal está intimamente ligada com o aumento de colesterol e formação de placas de aterosclerose, pois é rica em gorduras saturadas.

3 – Manteiga: fonte exclusiva de gorduras saturadas de origem animal. Altamente aterogênica.

4 – Creme de leite: mesmos princípios da manteiga.

5 – Nuggets: são empanados, pré-fritos em Gordura Vegetal Hidrogenada, a mais aterogênica de todas as gorduras presente em alimentos industrializados.

Aliados
1 – Abacate: rico em gorduras monoinsaturadas. De acordo com estudo publicado pela American Heart Association, substituir fontes de gorduras saturadas por abacate pode reduzir em até 13- 14 mg/dl o colesterol total e a LDL.

2 – Aveia: rica em fibras solúveis e betaglucano, já é amplamente reconhecida como coadjuvante, pois atua em nível intestinal, diminuindo a absorção de gorduras, por meio do aumento da velocidade do fluxo intestinal, devido a sua característica para formação de gel. Mas, sua melhor versão está no farelo de aveia, que contém maior teor em fibras.

3 – Azeite de Oliva Extra Virgem: alimento base da dieta do mediterrâneo, rico em ácidos graxos monoinsaturados e outros compostos também antioxidantes. Quando substituindo gorduras saturadas, promove redução nas taxas de colesterol não-HDL, ou seja, melhora a relação entre colesterol bom e ruim, favorecendo o bom.

4 – Cereais integrais: devido ao seu conteúdo de fibras e vitaminas, estão também associados a menor risco de aterosclerose, atuando da mesma forma que a aveia, por meio da redução na absorção de gorduras durante a digestão dos alimentos. Também promovem mais saciedade, reduzindo o volume total de ingestão alimentar.

5 – Frutas vermelhas: ricas em polifenóis, são conhecidas por sua ação antioxidante capaz de reduzir as alterações decorrentes da oxidação das LDL, que nesta forma são mais aterogênicas.

Redação

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