A pouco menos de duas semanas para a chegada da Páscoa o aumento da procura por produtos como chocolates, doces e balas, peixaria entre outros, eleva as expectativas de vendas do comércio varejista, principalmente de produtos alimentícios. Nesse ano, a expectativa de vendas nesse período é de um aumento de 6,3% em relação ao ano passado. Os dados fazem parte do levantamento realizado pelo Núcleo de Economia do Sindicato do Comércio Varejista de Araraquara (Sincomercio). A pesquisa foi realizada com os principais estabelecimentos do segmento alimentício, entre eles hipermercados, supermercados, mercearias, armazéns, peixarias e chocolaterias, com objetivo de captar a percepção e as estratégias a serem adotadas pelo empresariado local durante o período da Páscoa desse ano. Assim, de acordo com o levantamento, 84,6% dos comerciantes esperam um aumento nas vendas em relação ao ano passando, enquanto 15,4% preveem apenas a manutenção dos níveis atingidos em 2018. A pesquisa revelou também que a melhora no cenário econômico (57,1%) e a data em que a Páscoa será comemorada este ano (28,6%) são os principais motivos apontados para a expectativa de resultados superiores aos do ano passado.
Como forma de atrair o consumidor, grande parte dos estabelecimentos (63,6%) estão investindo em ações promocionais e 18,2% procuraram aumentar a visibilidade da loja através da distribuição de panfletos e do investimento em propagandas. Em menor escala, 9,1% dos lojistas colocaram novos produtos à venda enquanto outros 9,1% das empresas passaram a oferecer novas formas de pagamento que não estavam disponíveis na última Páscoa. Os comerciantes também estão apostando no aumento das vendas de caixas de bombons, tabletes e barras de chocolate, além da expansão da comercialização de peixes durante todo o período da Quaresma.
Apesar das expectativas positivas, os lojistas mantêm-se cautelosos quanto às projeções de ganhos para a data. A Páscoa possui um apelo emocional importante, principalmente entre o público infantil, porém, acaba movimentando o segmento alimentício, e não o comércio como um todo. Além disso, o orçamento das famílias ainda apertado acaba restringindo a compra de ovos ou chocolates mais caros, impulsionando a venda das opções mais baratas. É justamente essa incerteza em relação à evolução do consumo nesse período que explica a baixa taxa de contratação: do total de estabelecimentos avaliados, apenas 7,7% realizaram ou vão realizar contratações temporárias. Diante disso, a percepção do varejo local é de que o feriado servirá como um termômetro para as vendas ao longo de 2019. Logo após a Páscoa, o varejo passa a se preparar para o Dia das Mães, considerada a data mais rentável do primeiro semestre, além de estar entre as principais datas comemorativas do ano. Ao que tudo indica, a expectativa é de desempenho moderado, em consonância com a comedida evolução da conjuntura econômica nacional.