Gonzaguinha disse que ficaria “com a pureza da resposta das crianças”, mas também que “a vida devia ser bem melhor e será”, fechando muito humildemente em “cantar, a beleza de ser um eterno aprendiz”.
Se fosse para resumir meus sentimentos frentes aos últimos acontecimentos envolvendo preleções sobre os professores e acerca dos chamados “Anos de Exceção”, lançaria mão das frases acima que fazem parte da antológica letra de Gonzaguinha em O que é, O que é?
Entretanto, por imposição do ofício, por amor a classe professoral, por respeito aos cidadãos brasileiros, teço a presente Nota. E o faço não com a pretensão de esgotar o assunto ou ser definitivo, pois assim estaria contradizendo o mote de meu Gabinete, de minha própria vida: construir um diálogo propositivo.
O que dizer sobre as Professoras, Professores, os Agentes Educacionais, Servidores Públicos que cuidam tão amorosamente de nós, desde a mais tenra idade, passando pelos ensinos fundamentais e médios, até alçar aos bancos das universidades?
Só posso agradecê-los pelo empenho e dedicação em me formar um cidadão responsável, condizente com meus deveres e direitos. Mais que agradecê-los, homenageá-los e defendê-los.
Os profissionais da educação são os principais agentes transformadores da sociedade, os maiores responsáveis em criar oportunidades para alcançamos um futuro melhor, para todos inclusive. São àqueles que ensinam aprendendo e aprendem ensinando nós a sermos mais humanos, aptos a criar uma sociedade mais justa e igualitária.
Rogo um apelo à todos aqueles que nos ouvem nesse momento: se for para a vida ser bem melhor, e será dependendo de nossos pensamentos, sentimentos e ações, por favor, se empenhe em ser um eterno aprendiz e aprenda, se molde, construa-se com quem cuida de nossos filhos, cuidou de nós e de nossos pais: os Profissionais da Educação.
Às Professoras, Professores, Agentes Educacionais, Profissionais da Educação como um todo, eu faço o mínimo que poderia fazer: eu me curvo à vocês, outorgando desde já meu apoio irrestrito à vossa classe.
Anos de Exceção.
Acerca de declarações relativas ao Período de Exceção experienciado pelos brasileiros entre 1964 e 1985, fica minha defesa intransigente pelo Regime Democrático.
O Estado Democrático de Direito não é uma ficção, é uma realidade em que vivemos desde a redemocratização do país. Tecer críticas, possuir visões distintas ao atual modelo faz parte do próprio âmago da Democracia, mas atacá-la é como desferir um golpe fatal em cada brasileiro.
A Democracia talvez não seja perfeita, mas é perfectível, e ainda não criamos um regime político melhor para viermos harmoniosamente em sociedade.
Fica minha defesa insofismável ao Estado Democrático de Direito.
G7
Sobre a formação do bloco político denominado G7, ao qual eu ainda faço parte, entendo que o mesmo foi criado para fortalecer o debate na Câmara Municipal de Vereadores. Seria uma espécie de contraponto inteligente ao Executivo Municipal.
Os assuntos que debatemos são àqueles atinentes aos projetos de lei enviados do Executivo para deliberação e votação na Câmara, e buscamos o melhor para a população.
Não é fazer política intransigente, mas dialogar inteligentemente os rumos do Município. Por exemplo, quando debatemos incansavelmente os projetos de lei acerca do regime estatutário, quando propomos indicações ao Executivo para a retomada segura da economia e do comércio local, quando defendemos o debate sobre as atividades físicas.
Notem, que o diálogo construtivo faz parte da minha vida, a independência inteligente, a busca incessante pelo consenso, o trato respeitoso, a escuta ativa e a fala oportuna.
A liberdade de pensamento, de respeito à crença de cada um, de evitar a ideologização das matérias, de deferência às mais diversas profissões que sustentam nossa sociedade, fazem parte da minha própria natureza, e procuro assim auxiliar nos debates da Câmara, do G7, de quem me procura.
As falas individuais de cada membro da Câmara Municipal, da cada membro do G7 são da responsabilidade de quem as propala.
A Democracia sendo um regime político no qual os cidadãos elegem seus representantes, em que o povo exerce sua soberania, tem em seus representados (população, povo, cidadãos) os mais aptos juízes das nossas ações individuais enquanto seus representantes.
Parafraseando a letra interpretada por Criolo: “Cê quer saber? Então, vou te falar. Por que as pessoas sadias adoecem. Bem alimentadas, ou não. Por que perecem? Tudo está guardado na mente”. “Ainda há tempo”.
À Democracia, ao povo, aos Profissionais da Educação, contem sempre comigo.
Vereador João Clemente