Início Araraquara Vereador questiona denúncia de corte do transporte de pacientes do SUS

Vereador questiona denúncia de corte do transporte de pacientes do SUS

Vereador Guilherme Bianco (PCdoB) recebeu informações sobre mudanças significativas no atendimento à população

Após tomar conhecimento de comunicação oficial recebida pela população e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) de Araraquara, informando mudanças significativas no cronograma e na forma de atendimento do transporte de pacientes para outras cidades a partir de 1º de outubro de 2025, o vereador Guilherme Bianco (PCdoB) encaminhou um Requerimento à Prefeitura pedindo informações sobre cortes no transporte de pacientes do SUS.

De acordo com o comunicado, haverá exclusão de serviços de transporte direto da residência em determinados horários e localidades, exceto para pacientes acamados e/ou cadeirantes.

“As linhas do transporte coletivo municipal passam a circular somente a partir das 5 horas da manhã, o que inviabiliza que muitos usuários do SUS consigam chegar ao ponto de embarque nos horários determinados pela Prefeitura, sobretudo em deslocamentos marcados para 4 horas e 4h30”, detalha o parlamentar.

Bianco reforça que o transporte de pacientes para consultas, exames e tratamentos em municípios de referência é um direito garantido pelo SUS e essencial para a continuidade do cuidado em saúde. “Alterações unilaterais na oferta desse serviço podem causar transtornos e prejuízos graves ao tratamento de centenas de munícipes que dependem exclusivamente desse transporte para ter acesso aos serviços especializados”, pontua.

No documento, o vereador pergunta quais foram os critérios técnicos e administrativos utilizados para definir a exclusão do transporte direto da residência em horários que anteriormente estavam disponíveis para os pacientes e quais os impactos previstos dessa mudança para pacientes que, embora não sejam acamados ou cadeirantes, possuem dificuldades de locomoção ou condições clínicas que inviabilizam o deslocamento até o ponto de embarque.

Indaga ainda se foi realizado algum estudo prévio ou consulta junto ao Conselho Municipal de Saúde e demais instâncias de participação social antes da implementação dessas alterações e de que forma a Prefeitura pretende garantir a universalidade e a equidade do acesso ao transporte de saúde, princípio constitucional do SUS, para os pacientes prejudicados por tais mudanças.

Finalizando, o parlamentar busca saber se existe a possibilidade de revisão desse novo cronograma, a fim de evitar prejuízos a pacientes em tratamento contínuo em cidades como Ribeirão Preto, São Carlos, Taquaritinga, Matão, Ibitinga e Tabatinga; quantos pacientes, em média, utilizam mensalmente o transporte em cada uma dessas cidades e horários que serão excluídos; e se há previsão de reforço de veículos ou novas alternativas de atendimento, como pontos estratégicos de embarque descentralizados, para minimizar os impactos da medida.

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