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Violência contra a mulher é tema de encontro entre Prefeitura e Polícia Militar

Coordenadora de Políticas para Mulheres dialogou com comando do 13º Batalhão da PM nesta quinta-feira (6)

Nesta quinta-feira (6), o 13º Batalhão de Polícia Militar de Araraquara recebeu um encontro entre representantes da Prefeitura e da Polícia Militar para debaterem as ações voltadas para o fortalecimento da defesa da mulher vítima de violência e em situação de vulnerabilidade social de Araraquara.

A reunião foi idealizada pela coordenadora executiva de Políticas para Mulheres, Grasiela Lima, que por intermédio do coordenador de Direitos Humanos da Prefeitura, Renato Ribeiro, levou o assunto ao secretário de Cooperação dos Assuntos de Segurança Pública, coronel João Alberto Nogueira Júnior, que por sua vez intermediou a reunião com a Polícia Militar. No encontro, Grasiela esteve acompanhada de Natália Cristina Luciano, gerente da Casa Abrigo “Alaíde Aparecida Kuranaga”, e Kênia Mattos, coordenadora da Casa das Margaridas “Yasmin da Silva Nery”.

A Polícia Militar esteve representada no encontro pelo Major Richard Severino de Souza, comandante interino do 13º BPMI; Major Alan Esteves Fernandes Gouvêa, subcomandante interino do 13º BPMI; Capitão Ricardo Domingos Júnior, coordenador operacional interino; Capitão Emerson Vieira Coelho, comandante da 1ª Companhia; e o Capitão Bruno dos Santos Pedro, comandante da 3ª Companhia.

O coronel João Alberto Nogueira Júnior explicou que o encontro teve o propósito de afinar as ações em torno do tema. “Articulei essa reunião onde foram trocadas experiências, discutido alguns casos concretos que tanto um como outro estão lidando, e dali surtiram algumas decisões importantes para que eles pudessem integrar cada vez mais as ações que irão favorecer as políticas em defesa da mulher vítima de violência doméstica em situação de vulnerabilidade de Araraquara”, salientou.

Grasiela destacou pontos relevantes que foram tratados no encontro. “Na pauta, nós tivemos assuntos importantes como a prisão em flagrante dos homens agressores, tendo em vista a Lei Maria da Penha, inclusive por quebra de medida protetiva. Também conversamos sobre programas desenvolvidos pela Polícia Militar nas questões voltadas também para o enfrentamento das violências contra as mulheres, como o Projeto Pérola, e também tratamos do Comitê Intersetorial de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres”, ressaltou.

Para ela, as instituições de segurança cumprem um papel fundamental nessa rede de atendimento às mulheres. “Nosso objetivo foi buscar uma melhor articulação dentro da rede, com o objetivo de que os policiais, que são, de um modo geral, os primeiros profissionais a terem contato com as mulheres que vivem em situação de violência, possam ter maior conhecimento sobre as especificidades dessa violência, a partir de um diálogo aberto com o Centro de Referência da Mulher, que é um serviço especializado nesse sentido”, acrescentou.

Grasiela apontou que a conversa também abordou outros pontos, entre eles o primeiro contato do policial com a vítima. “É muito importante a necessidade de esses agentes de segurança atenderem as mulheres despidos de preconceitos e as acolham a partir de um atendimento humanizado, e tenham melhor conhecimento sobre os equipamentos que temos no município, como o CRM, a Casa Abrigo e a Casa das Margaridas, além do Plantão 24 horas. Fizemos um diálogo voltado para as ações previstas no Protocolo de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência, tendo em vista que os casos de violência doméstica têm aumentado, principalmente no contexto de pandemia mais acirrada. É importante reforçarmos essas relações e esclarecermos os pontos que possam, de alguma forma, não estar tão claros nas partes que compõem a rede”, salientou.

A coordenadora executiva de Políticas para Mulheres se mostrou satisfeita com o diálogo. “Avalio que a reunião foi muito positiva. Nós tivemos uma garantia de que o atendimento à violência contra as mulheres é prioridade da PM e nos foi colocado à disposição um canal direto para a resolução de problemas ou encaminhamento de casos que achamos importante dialogar diretamente com a Polícia Militar, além da integração da Casa das Margaridas na rota do patrulhamento preventivo, que também é uma das nossas preocupações”, completou. 

Redação

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