Adriel Manente
Criado em 2012 pela fisioterapeuta Nathiana Bélgamo da Silva, o “Projeto Wendy” é um programa de voluntariado que trabalha com a intervenção assistida por animais, popularmente conhecida como “Cãoterapia”. No total, 20 voluntários e 12 cães participam do projeto que atende a cerca de 10 instituições da cidade, entre hospitais, asilos, orfanatos e casas de repouso. Segundo Nathiana, idealizadora e fundadora do “Wendy”, o objetivo é tanto auxiliar na questão da recreação, com atividades e interação entre os animais quanto na questão terapêutica, com terapia assistida.
Dados científicos comprovam a eficiência do método. Segundo Nathiana, vários são os benefícios, que já foram comprovados. “Já é certo que ajuda na elevação do hormônio da alegria e na diminuição do stress, no controle da ansiedade, nas dores e na alteração do humor”, relata.
Como surgiu o Projeto Wendy?
“Ainda na minha graduação, sempre tive o interesse de saber sobre o assunto, inclusive meu trabalho de conclusão de curso foi sobre intervenção assistida de animais. A partir daí, eu e mais três amigos tivemos a ideia de formar o projeto e tentar ajudar de alguma forma quem precisa”, explica.
Desde então, os cerca de 20 voluntários do projeto se reúnem aos sábados para fazer visitas às instituições araraquarenses. “Pelo menos uma vez por mês fazemos visitas à Santa Casa e sempre procuramos visitar cerca de duas vezes por mês, cada uma das instituições que abriram as portas para nós. É um trabalho muito gratificante ver as pessoas melhorando o estado pela terapia proporcionada pelos cães”, descreve a idealizadora.
E como funciona?
O projeto Wendy é totalmente voluntário e para participar é primeiro preciso comprometimento. Se a pessoa realmente estiver disposta a ser um membro do “Projeto Wendy” deve completar alguns requisitos. Um dos primordiais é de que o cão deve ter no máximo 8 anos e no mínimo 1, pois são as idades máxima e mínima para as atividades propostas.
Etapas
Na primeira fase é realizado um processo eletivo, onde o animal candidato ao projeto passa por avaliação de um adestrador e um zootecnista. A partir daí, a segunda fase é com um veterinário, que levantará toda a ficha médica do animal, principalmente quanto às vacinas. Por fim, se o pet for aprovado, ele passa por um período de treinamento antes de, efetivamente, entrar no programa. “No último processo que fizemos, 30 cães fizeram o processo para entrar. Destes, 17 foram selecionados para as fases seguintes e, por fim, 12 entraram no projeto. Tivemos cinco desistências”, comentou Nathiana.
Vale lembrar que, prioritariamente, o projeto é feito nas entidades assistenciais de Araraquara, tais como hospitais, asilos e orfanato, porém, a ideia é que o “Wendy”, em breve, seja estendido às escolas da cidade. Para isso, ele está aberto a parcerias.
O programa mantém uma página no facebook e no Instagram, e pode ser acessada pelo link www.facebook.com/projetowendy. Se preferir, há também um email para contato, éoprojetowendy@hotmail.com.