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Morre Agildo Ribeiro

O Brasil ficou mais sem graça, morre Agildo Ribeiro

Com a morte de Agildo Ribeiro neste sábado (28), restam poucos integrantes da geração que implantou o humorismo na televisão brasileira. Ao lado de nomes como Chico Anysio, Paulo Silvino, Renato Corte Real, José Vasconcellos e Jô Soares (só o último ainda está vivo), Agildo participou de vários dos primeiros programas humorísticos, como “TV Ó, Canal Zero, TV1, Canal Meio” ou “Balança Mas Não Cai”. Traziam influências do rádio e do teatro de revista, mas em pouco tempo desenvolveram uma linguagem própria —e que evoluiu para o estilo que se pode assistir até hoje em atrações como “Zorra” ou “Tá no Ar” (ambas da Globo). Exímio imitador, excelente “showman” e criador de tipos antológicos como o professor Arquelau (do bordão “múmia paralítica!”), Agildo vai entrar para a história como um dos nossos maiores comediantes. Mas seu talento ia além da comédia – aliás, reconhecida por ele como bem mais difícil que o drama. Mas Agildo também era excelente ator dramático. Uma figura intensa em cena, como se pode conferir no filme “O Homem do Ano” (2003) ou em um episódio da série “As Canalhas” (GNT, 2013). Nascido em uma família tradicional carioca (seu sobrenome paterno era Barata Ribeiro, nome de uma das ruas mais famosas de Copacabana), Agildo se destacou já aos 24 anos de idade: interpretou João Grilo na primeira montagem televisiva de “O Auto da Compadecida”, em 1957, em uma época em que os teleteatros eram frequentes no horário nobre.

Redação

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