Entre julho de 2020 e junho de 2021, mais de 330 mil candidatos à primeira habilitação já foram beneficiados pelo novo sistema de reconhecimento facial implantado pelo Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) para a identificação de alunos de Centros de Formações de Condutores (CFCs) em aulas não presenciais.
Das 3,2 mil autoescolas credenciadas pela autarquia no estado, cerca de 700 já possuem a funcionalidade para a realização do curso teórico na modalidade remota via reconhecimento facial. O sistema implementado nos CFCs foi adotado no início da gestão do diretor-presidente Neto Mascellani, que completou no dia 29 de junho um ano à frente do Detran.SP.
A ação visa facilitar a vida do cidadão paulista, que não precisa se deslocar até o local para fazer as aulas, coibir possíveis fraudes nos processos de habilitação e readequar as atividades dos CFCs em consequência dos efeitos da pandemia do novo coronavírus. “O aluno pode fazer a aula teórica dentro da sua casa, pelo laptop e smartphone, com muita segurança e transparência, cumprindo todas as etapas que a legislação exige”, explica Neto.
Até o momento, as autoescolas do estado de São Paulo formaram 225.345 turmas de maneira online, por meio de salas de aulas virtuais. O presidente da Sindautoescola.SP, Magnelson Carlos de Souza, destaca a importância que as ferramentas digitais ganharam. “Ao completar um ano à frente do Detran de São Paulo, a atual gestão se caracteriza por vários avanços para a sociedade, para o cidadão e também para os credenciados. Esses novos serviços aparecem com muita auditoria, fiscalização e critérios. Dentre esses critérios está a implementação do reconhecimento facial, extremamente importante para manter a lisura desses serviços e entregar qualidade, seriedade e segurança ao cidadão”, destaca Magnelson.
Tecnologia para parceiros
Até o fim de julho deste ano, o Detran.SP vai lançar o reconhecimento facial para facilitar a perícia de médicos e psicólogos credenciados pela autarquia que possuem a exceção digital, ou seja, os profissionais que enfrentam dificuldades para coletar a biometria e validar no sistema os laudos que são emitidos também serão contemplados com o reconhecimento facial, que trará mais segurança ao processo digital.
Roberto Douglas Moreira, presidente da Associação dos Médicos do Detran do Estado de São Paulo (AMDESP Brasil) e da Associação de Médicos e Psicólogos Peritos de Trânsito do Brasil (Ampetra) reforçou que a “implementação da tecnologia facilitará o processo e o tornará mais seguro, auxiliando muitos médicos e psicólogos que têm dificuldade em validar os seus laudos por meio das digitais.”