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Ainda somos os mesmos

Por Genê Catanozi

Se ainda temos as mesmas condutas e pensamentos da idade média, que adianta falar do roto enquanto o rasgado anda fazendo as mesmas coisas do passado.

É muito mais fácil passarmos para o outro as dificuldades nossas de estabelecermos uma nova perspectiva de atitudes com esse novo mundo que se apresenta a cada dia. As mazelas nossas sempre estão na ordem do dia, mas, como indivíduos temos a tendências de sempre jogar no outro os problemas e as dificuldades. Isso deveria ser uma exceção, mas não é infelizmente.

Se tivermos o senso de observação vamos verificar que a humanidade ainda carece de muita luta interior, o autoconhecimento e autorreflexão deixaram de ser a ordem do dia, mas isso com certeza terá um preço muito alto, se é que já não está acontecendo.

O egoísmo, a vaidade são alguns dos exemplos mortais que estão ai a todo vapor para destruir primeiro aqueles que têm essas desvirtualidades arraigadas e de difícil de serem abortadas, talvez, pela falta de consciência ou pela ganância mesmo.

Do jeito que a velocidade das mudanças está ocorrendo pelo lado da tecnologia futurista o ladohumano está deixando muito mesmo a desejar. Esquece-se porém que, enquanto deixarmos de lado a reflexão de nossos comportamentos tacanhos tranquilamente seremos um eterno atraso no tocante a aprendizagem da evolução interior. Com isto, estaremos continuando estragando o convívio em mais de suas diversas formas.

Ninguém é obrigado a nada, cada um deve saber qual é a sua.

Se as pessoas estão cada vez mais emburrecidas não se deve achar um culpado, e sim, um responsável pela sua própria conduta intransferível.

Em geral, as atitudes falam por si só e são exemplos de como alguém dá bons exemplos e de como alguns devem passar bem longe da convivência em sociedade. A luta pela sobrevivência não é fácil para ninguém em qualquer parte do planeta, a questão é pra que viermos? Pra onde vamos?

Nesse vai e vem, o poder de alguns deveria ser focado verdadeiramente para o bem comum, mas alguns preferem caminhar através da porta larga ao invés de investirem seriamente pela porta estreita.

O ser humano anda muito esquecido da finitude, de que o planeta não tem segundo andar para ninguém, e que o final é igual para todos, e que ninguém, ninguém mesmo levará um pedaço de qualquer bem material.

Se houvesse a consciência de que todos estão aqui para o que der e vier conjuntamente, tranquilamente não teríamos fome, guerras, ganância, poderes usados ilicitamente, vislumbramentos ilusórios e tantas outras porcarias que estragam o bom viver.

Sendo assim, estamos em uma fase histórica mundial, ou o ser humano aprende pelo amor ou vai aprender pela dor mesmo.

O Século 21 seria o século do autoconhecimento mas pelo andar da carruagem o deslocamento emocional está indo direto na linha contrária do trem, e se pensarmos claramente, o tempo além de ser o senhor absoluto do nosso próprio tempo, a nossa vida não vale um bem material.

Por fim, já que ninguém nasceu de chocadeira o negócio é tentar sair da zona de conforto e botar a mão na massa.

Redação

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