No início do ano, o vereador Marcos Garrido (Patriota) apresentou um requerimento à Prefeitura, pedindo esclarecimentos sobre a falta de diversos medicamentos de uso contínuo para tratamento de graves moléstias na Farmácia Central do Município “Dra. Clara Pechmann Mendonça”, localizada na Rua Gonçalves Dias (Rua 1), nº 468, no Centro.
No documento, o parlamentar também solicitava informações de quando a situação seria normalizada. “Essa situação compromete o tratamento clínico de muitos pacientes e traz sério risco de agravamento dos problemas de saúde já existentes”, pontuou.
Em resposta, a gerente de Assistência Farmacêutica da Secretaria Municipal da Saúde, Silvana Lee, explicou que houve desabastecimento de medicamentos tanto no setor público quanto no privado durante o ano de 2022. Ela informou que, segundo o Conselho Federal de Farmácia (CFF), em um levantamento realizado entre 20 de julho e 6 de setembro, a falta de antimicrobianos foi relatada por 95,1% dos farmacêuticos (638 relatos); de mucolítícos, por 81,2% (545 relatos); de anti-histamínícos, por 76% (510 relatos); de analgésicos, por 70% dos participantes (470 relatos); e a ausência de outras classes de medicamentos em seus estabelecimentos foi descrita por 65,1% (437 relatos).
“Consequentemente, no nosso município também enfrentamos situações em que não conseguimos adquirir medicamentos devido ao desabastecimento, apesar de as requisições de compra estarem devidamente empenhadas”, coloca.
Medicamentos
Segundo ela, a dexclorfeniramina, maleato 0,4 mg/ml solução oral, tinha dois fornecedores por ata de registro de preços, Jotamed e Prati Donaduzzi, ambas vencidas em dezembro de 2022, já sendo solicitada abertura de nova ata. Foram acionadas para compra cinco vezes durante o ano de 2022, sendo que três foram entregues e duas não; as empresas foram notificadas e as notificações de emissão da multa foram emitidas. Foram pedidas quatro compras diretas em 2022 e uma em 2023, que já foi entregue parcialmente.
A acetilcisteína 20 mg/ml xarope tem ata vigente até 15 de março de 2023, foi acionada compra uma vez, sendo que o fornecedor Indmed Hospitalar Eirelli não entregou, foi notificado e a notificação da emissão da multa também foi emitida. Foram solicitadas duas compras diretas e ambas não foram efetivadas por não haver fornecedor para atender.
“O Almoxarifado Central de Medicamentos tem se empenhado para evitar o desabastecimento, contatando os fornecedores e mantendo o setor de compras e contratos da Prefeitura também cientes e atualizados para as providências cabíveis”, finaliza a gerente.