O volume de cirurgias realizadas anualmente no Brasil é muito grande e mais de 7 milhões de procedimentos foram realizados somente em 2018, muitos deles eletivos. Entretanto, em função da pandemia do novo coronavirus, a partir de março de 2020, os hospitais brasileiros se propuseram a cancelar as cirurgias eletivas, aquelas intervenções programadas que não envolvem urgências, mas que, porém, fazem uma grande diferença na vida do paciente.
Em Araraquara, a paralisação também acontece. Contudo, a cidade tem avançando de forma exponencial na vacinação contra o coronavirus, e, em virtude dessa imunização da população acima de 18 anos, a taxa de internações tem registrado quedas diárias, tanto em enfermarias, quanto em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
O presidente da Câmara, vereador Aluisio Boi (MDB), recebe reclamações diárias de um grande número de pacientes, cidadãos de Araraquara, que têm buscado os órgãos ligados à Saúde do Município, no intuito de conseguir uma operação para diminuir seu sofrimento, já que elas estão convivendo com a dor há muito tempo. “Nós estamos em um momento em que dá pra pensar em flexibilizar essa questão. Os pacientes estão sofrendo há mais de um ano, por isso, estamos tentando unir os órgãos municipais, estaduais e até nacionais e até mesmo os particulares para iniciar uma ação conjunta e retornar com as cirurgias eletivas”, afirmou.
A primeira iniciativa do parlamentar foi uma conversa com a secretária municipal de Saúde, Eliana Honain, para saber sobre a viabilidade dessa proposta. Ato contínuo, indicou ao dirigente da Diretoria Regional de Saúde (DRS-III), Jéferson Yashuda, a elaboração de um plano para a realização de um mutirão das cirurgias eletivas mais procuradas, como as cirurgias de vesícula e hérnia, por exemplo.
“Minha proposta é que o trabalho emergencial, em sistema de mutirão, seja realizado em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde de Araraquara e as instituições hospitalares aqui instaladas, com o apoio necessário da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Araraquara. Acredito que somente com uma força-tarefa, poderemos equacionar a grande demanda por cirurgias eletivas”, frisou Boi.