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Artigo – As Constelações Familiares Sistêmicas e as doenças

*Geraldo Martelli

A constelação de sistemas sociais estabeleceu-se em numerosos países, no decurso dos anos 90, como um método de aconselhamento e terapia em muitas áreas, tais como escolas, presídios e na consultoria política e organizacional, e encontra-se em permanente expansão. Se abstrairmos de sua introdução em clínicas psicossomáticas, essa abordagem continua praticamente desconhecida, e menos ainda aplicada, nas áreas da medicina somática e da psiquiatria. Nesses domínios a prática da constelação familiar é vista, no máximo, como um método de medicina alternativa, ao lado da homeopatia, da tradicional medicina chinesa e da acupuntura. No campo das curas alternativas, os profissionais da medicina tendem a incluí-la entre as práticas periféricas de caráter exótico ou mesmo esotérico.

Enquanto o modelo médico-biológico das doenças continuar dominando a assistência médica financiada pelos seguros de saúde, e enquanto pesquisas cientificamente controladas sobre a eficácia dos métodos de cura forem exigidas como condição para a cobertura dos seus custos, pouco mudará nessa situação. Por esse motivo, prevê-se que a prática das constelações familiares com doentes continuará sendo, por mais algum tempo, o domínio de psicoterapeutas e de terapeutas estabelecidos, e que frequentemente só se recorrerá a ela quando os procedimentos da medicina usual, utilizados por longo tempo, não tiverem proporcionado o alívio dos sintomas. Coisa bem diferente ocorre nas clínicas psicossomáticas onde se aplica o método das constelações familiares e onde os pacientes o procuram e experimentam seus efeitos salutares. Atualmente já existe certo número de pacientes que, antes de escolherem uma clínica psicossomática, se informam se ali se trabalha também com constelações familiares, dando preferência às clínicas que adotam essa prática.

Bert Hellinger que, nos anos 80, inspirando-se em métodos preexistentes de visualização espacial, tais como a family sculpting ( escultura familiar), estabeleceu as bases dos padrões e estruturas de relacionamento consistentes e existencialmente relevantes, bem como um método de trabalhar com constelações visando modificar esses padrões, logo se interessou por esse setor de aplicação da constelação familiar. Em seu trabalho ele chegou a compreensões absolutamente novas no tocante aos fatores contextuais e condicionantes de doenças, às diversas dinâmicas familiares que atravessam gerações, e ao enredamento de pessoas em destinos alheios, limitando suas possibilidades de vida e contribuindo para manter os seus sintomas. Seus procedimentos novos e altamente eficazes foram descritos em documentos como Wo Schicksal wirkt und Demut heilt (Quando o destino atua e a humildade cura), Was in Familien krank macht und heilt (O que faz adoecer nas famílias e o que cura), chicksalsbindungen bei Krebs (Laços do destino no câncer), Die grõfiere Kraft (A força maior), Liebe am Abgrund ( O amor à beira do abismo), In der Seele an die Liebe rühren (Tocar o amor na alma) etc. Desde então, muitos outros autores deram importantes contribuições à prática de constelações em casos de doenças. Já em 2002 Ilse Kutschera e Christine Schãffler publicaram o estimulante livro Was ist nur los mit mir? Krankheitssymptome und Familienstellen (O que está acontecendo comigo? Sintomas de doenças e constelações familiares), e nas revistas Praxis der Systemaufstellung (Prática das Constelações Sistêmicas) e The Knowing Field (O Campo Ciente) apareceram inúmeros relatos de casos sobre formação de sintomas e constelações familiares.

*Geraldo Martelli

Terapeuta Sistêmico

CRT50647

Dúvidas sobre Constelação Sistêmica Familiar

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Redação

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