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Artigo – Os cosmos

T. Cassoni

O ser humano vive entre dois cosmos: o micro e o macro. O estudo deste é mais recente, que só surgiu em meados do século XX quando emergiu a Cosmologia. Já o Micro se iniciou bem antes, durante o século XVIII com os trabalhos dos cientistas Janner, inglês e Pasteur, francês.

Os dois cosmos podem produzir desgraças para a humanidade. O macro através de maremotos, terremotos, produtos de movimentos das placas tectônicas, quedas de meteoros, aquecimento global, furacão entre outros. O micro através de parasitas, entre eles os vermes, como a tênia e a lombriga, as bactérias e os vírus. Muitos parasitas atacam em grande número, são patogênicos e altamente contaminantes, provocando epidemias e até pandemias, como a famosa “gripe espanhola”, após a guerra de 14-18. Quanto ao tamanho desses parasitas, os vírus são os menores, depois as bactérias e os maiores são os unicelulares, como os parasitas da malária, mesmo assim, só vistos em microscópios. Antigamente esses parasitas unicelulares eram designados por protozoários.

Outros parasitas importantes são os fungos, como os que causam o pé de atleta. Exemplos de doenças bacterianas são: alguns tipos de pneumonia, coqueluche, cólera, difteria, lepra, escarlatina, furúnculo, blenorragia e tifo. Entre as virais podemos citar o sarampo, catapora, caxumba, varíola, herpes, hidrofobia, gripe e poliomielite.

O importante é que o nosso corpo tem um sistema natural de defesa, altamente sofisticado e eficaz, chamado “sistema imunológico”, devidamente capacitado para nos defender desses ataques deletérios e muitas vezes fatais. O nosso corpo se preparou através de milhões de anos e continua a evoluir nesse mister aperfeiçoando seu sistema de defesa. Assim quando ele percebe a presença de uma proteína diferente (parasita), ele se mobiliza para produzir células especiais, que são levadas pelo sangue para a batalha, como um exército, com armas fabricadas sob medida para atacar o agente invasor. Nessas batalhas, esse sistema geralmente vence e o indivíduo atacado, nem percebe a luta travada pela sua vida e se recupera. O importante é que esse sistema imunológico, tal qual num computador, “salva” as características genéticas do atacante e as arquiva para seu uso posterior. Quando novamente atacado pelo mesmo parasita, o nosso organismo já sabe como combate-lo. Em linhas gerais essa é a base da criação das vacinas. Às vezes o nosso sistema imunológico “erra”. Usa uma força exagerada contra um suposto “estranho”, mas inofensivo, provocando as doenças alérgicas. As vezes essa reação é tão descomunal que a pessoa tem alergia a si mesma! Isso causa as doenças autoimunes, como na alopecia, psoríase e febre reumática.
E o câncer? Essa doença tem uma etiologia diferente. Não é fruto de ataques de parasitas microcósmicos. Ela deriva das próprias células do corpo, ligeiramente modificadas e por isso nosso sistema imune tem dificuldades em reconhece-las. São células que cansadas da sua rotina, diferenciam-se e o pior, contaminam suas vizinhas, produzindo nódulos ou tumores. Desenvolvem e espalham. Isso tem o nome de “metástase”. Essas células são espalhadas, tal qual uma notícia ruim, como realmente são.

Enfim, as coisas ruins que a natureza produz, quando feitas por parasitas microcósmicos são chamadas de “doenças”, que nada mais são que a luta pela sobrevivência desses seres microscópicos. É a eterna luta entre seres parasitas que para sobreviverem necessitam explorar seus hospedeiros, maltratando-os, quando não matando-os.
Felizmente o nosso sistema imunológico, agora auxiliado pela ciência e pela tecnologia, está cada vez mais forte e gradativamente vencendo a luta em nosso favor. Com isso, nossas vidas vem sendo preservadas, aumentando nossa sobrevivência.

As vacinas estão aí para nos defender e aumentar as nossas sobrevivências. Menos em nosso país onde elas são evitadas, porque produzem o “autismo”.

Obs. Excelente a crônica feita pelo Coca Pinto Ferraz para homenagear postumamente o Nenê. Aquele dos escapamentos. Bela despedida a quem foi companheiro de bola. Bem feita e merecida ao Nenê, especialista em escapamentos. “Fulano Escapamentos”, poderia ser uma excelente frase publicitária, ou até um logotipo, para um médico proctologista.

Redação

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